Só nos primeiros seis meses do ano, que até são a metade mais fraca do ano para as viagens e turismo, o país teve um saldo líquido, descontadas as importações, de 8.790,2 milhões de euros pelo turismo, de que só se fala de excesso, mas que evitou um défice comercial com o estrangeiro de aproximadamente 6,2 mil milhões de euros.
De facto, os dados publicados ontem pelo Banco de Portugal indicam que o país teve um excedente comercial de 2.575,6 milhões de euros pelas trocas comerciais de bens e serviços no primeiro semestre.
Porém, para esse valor contaram 8.790,2 milhões de euros de saldo positivo de viagens e turismo, ou seja, das exportações menos importações de turismo, que a não existirem tinham acarretado um défice comercial no semestre da ordem de 6,2 mil milhões de euros.
Os dados do banco central mostram que o turismo gerou excedentes acima dos mil milhões de euros em todos os seis meses do primeiro semestre, com um máximo de 1.832,55 milhões no mês de Maio.
Os mesmos dados indicam também aumentos homólogos anuais do excedente sempre superiores a cem milhões de euros, com um ‘pico’ de 272,27 milhões no mês de Março, que este ano foi o mês em que se concentraram as férias da Páscoa, enquanto em 2023 foi em Abril.
O segundo maior aumento foi o registado em Maio, de 198,54 milhões, e depois Junho, com 165,9 milhões de euros, e Fevereiro, com 163,3 milhões.
Em Junho, segundo a informação do banco central, as exportações portuguesas de turismo somaram 2.322,2 milhões de euros e Portugal teve um excedente de 1.696 milhões.
Ver também:
Turismo aumenta exportações em 11,7% no 1º semestre e atinge 18,2% das vendas totais ao estrangeiro
Portugueses aumentam gastos em turismo no estrangeiro em 7,2% no 1º semestre
Saiba mais no site do Banco de Portugal.