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Falha no controlo aéreo no Reino Unido mostrou desequilíbrio na protecção dos passageiros

A falha no controlo de tráfego aéreo no Reino Unido, que provocou milhares de atrasos e cancelamentos de voos, voltou a mostrar que “o sistema de direitos dos passageiros não é adequado”, afirmou o director-geral da IATA, Willie Walsh.

Uma falha nos sistemas de controlo de tráfego aéreo da britânica National Air Traffic Service (NATS) na segunda-feira, dia 28, provocou milhares de atrasos e cancelamentos de voos que utilizam o espaço aéreo do Reino Unido.

O problema, segundo a NATS, foi desencadeado por um dado num plano de voo inserido incorretamente no seu sistema por uma companhia aérea não identificada.

Esta falha afectou a capacidade da NATS de processar automaticamente os planos de voo, obrigando-a a processá-los manualmente e a reduzir o fluxo de operações.

A Ryanair foi uma das companhias aéreas afectadas, tendo cancelado mais de 300 voos (clique para ler: Ryanair cancelou mais de 300 voos devido a falha no controlo aéreo no Reino Unido).

O director-geral da associação das companhias aéreas IATA, Willie Walsh, reagiu na segunda-feira, dia 28, lamentando pelos passageiros “que sofreram e continuam a sofrer enormes inconvenientes com os atrasos e cancelamentos” e pelos funcionários das companhias aéreas, “que enfrentam um stress adicional considerável ao lidar com a difícil recuperação desta falha”.

O executivo afirmou que “a falha deste serviço essencial é inaceitável e põe em causa a supervisão da CAA [autoridade da aviação civil], que é obrigada a rever o plano de resiliência da NATS nos termos da sua licença”.

“O sistema actual não protege os passageiros”

O colapso do sistema de controlo de tráfego aéreo no Reino Unido “é mais um exemplo da razão pela qual o sistema de direitos dos passageiros não é adequado à sua finalidade”, acrescentou o director-geral da IATA.

“As companhias aéreas arcarão com somas significativas em despesas de cuidados e assistência, além dos custos de interrupção dos horários da tripulação e das aeronaves. Mas não custará nada à NATS. Os decisores políticos do Reino Unido devem tomar nota”, enfatizou Willie Walsh.

O executivo defende que “o sistema de direitos dos passageiros precisa de ser reequilibrado para ser justo para todos e com incentivos eficazes. Até que isso aconteça, temo que assistiremos a um fracasso contínuo na melhoria da fiabilidade, da eficiência de custos e do desempenho ambiental do controlo do tráfego aéreo”.

“O sistema actual não protege os passageiros. Prejudica-os”, concluiu Willie Walsh.

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