O Produto Interno Bruto (PIB) português teve um crescimento de 6,7% em volume em 2022, “o mais elevado desde 1987”, segundo a estimativa rápida avançada hoje pelo INE.
O crescimento da economia portuguesa em 2022 encontra-se dentro das previsões do Governo e acima dos 6,5% estimados no Orçamento do Estado para 2023, entregue no parlamento em Outubro.
No final de Dezembro, o ministro das Finanças, Fernando Medina, afirmou que previa uma subida do PIB em 6,8%, uma décima abaixo do que avança hoje o INE.
Contudo, a 16 de Janeiro, Fernando Medina fez uma revisão da estimativa, antecipando um “crescimento de 6,7% a 6,8%”, segundo a “RTP”.
O crescimento de 6,7% em 2022 sucede o aumento de 5,5% em 2021, que se seguiu à quebra histórica de 8,3% em 2020, na sequência dos efeitos adversos da pandemia na actividade económica.
O INE indica que, em 2022, “a procura interna apresentou um contributo positivo expressivo para a variação anual do PIB, mas inferior ao observado no ano anterior, verificando-se uma aceleração do consumo privado e um abrandamento do investimento”.
“O contributo da procura externa líquida foi positivo em 2022, após ter sido negativo em 2021, tendo-se registado uma aceleração em volume das exportações de bens e serviços e uma desaceleração das importações”, acrescenta o instituto.
No 4º trimestre de 2022, o PIB cresceu 3,1% face ao trimestre homólogo de 2021.
O INE indica ainda que, “comparando com o 3º trimestre de 2022, o PIB aumentou 0,2% em volume (crescimento em cadeia de 0,4% no trimestre anterior), tendo diminuído o contributo positivo da procura interna para a variação em cadeia do PIB, enquanto o contributo da procura externa líquida manteve-se ligeiramente negativo”.