O Aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, está encerrado desde a meia-noite desta terça-feira e assim ficará até 6h de amanhã, quarta-feira, dia 11, para a realização de obras. Há passageiros a ser transportados em autocarros de e para Vigo.
As obras de reforço e requalificação da pista 17-35, em curso desde 31 de Julho, obrigaram a um dia de paralisação total da operação aérea, que é a única prevista para os 19 meses da empreitada, de acordo com uma notícia da agência Lusa citada na imprensa portuguesa (para ler no “JN” clique aqui).
A Lusa destaca que a situação do aeroporto esta terça-feira faz recordar os tempos da pandemia de covid-19, com um movimento residual, sendo visíveis apenas alguns passageiros a aguardar autocarros para o Aeroporto de Vigo e alguns balcões e espaços comerciais abertos.
A preparação para esta paralisação total começou em Janeiro, de acordo com Rui Alves, director do aeroporto Francisco Sá Carneiro. Em Janeiro, a equipa do aeroporto começou a trabalhar junto dos operadores para minimizar os impactos. Assim, para Rui Alves, quaisquer constrangimentos sentidos hoje por parte dos passageiros são responsabilidade dos operadores.
Para exemplificar os constrangimentos, a notícia da Lusa relata o caso de um grupo de 10 pessoas que regressou hoje do Senegal e aterrou em Vigo, Espanha, tendo sido transportado para o aeroporto do Porto de autocarro, uma viagem de 140 quilómetros.
Rui Alves garantiu à agência Lusa que as obras estão a decorrer “dentro do previsto”, e está “tudo planeado para se cumprir o objectivo” de concluir todos os trabalhos até Fevereiro de 2026.
Além da paralisação total desta terça-feira, os trabalhos obrigam a um encerramento da pista todos os dias da meia-noite às 6h, que deverá manter-se até ao final de 2025.
Durante a paralisação total desta terça-feira, as obras na pista contaram com 70 camiões, 150 equipamentos e 260 trabalhadores. A “última grande intervenção” na pista 17-35 remonta aos anos de 2003 e 2004, de acordo com a Lusa.
Rui Alves destacou que a obra é “bastante complexa”, tendo como objectivos “reabilitar todo o pavimento da pista” e reforçar “as camadas estruturais”. Também será substituído o sistema de cablagem (340 quilómetros de cabo) e serão colocadas mais de 1.300 luzes led.
O director do aeroporto acrescentou que os sistemas de aproximação vão ser substituídos e também estão a ser feitos trabalhos de preparação para no futuro “também na outra pista ter opções de baixa visibilidade”.
De acordo com a Lusa, Rui Alves recusou-se a avançar aos jornalistas o impacto financeiro de ter o aeroporto do Porto encerrado esta terça-feira, e sublinhou que a infra-estrutura está a preparar o futuro e a garantir a segurança, matérias mais importantes que o impacto económico da intervenção.
A empreitada representa um investimento de 50 milhões de euros. O aeroporto do Porto é gerido pela ANA Aeroportos, empresa da Vinci Airports.
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