A Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT) e o Grupo SATA, que tem a Azores Airlines e a SATA Air Açores, estão a construir um plano conjunto para “minimizar os efeitos” do fecho das lojas do grupo de aviação.
Na semana passada, a APAVT manifestou-se contra o encerramento dos balcões de atendimento da SATA e anunciou que iria “averiguar da legalidade” da entrega do serviços destas lojas à RIAC – Rede Integrada de Apoio ao Cidadão. Clique para ler: APAVT considera “incompreensível” fecho dos balcões de atendimento da SATA.
Ontem, 6 de Agosto, a Associação anunciou em comunicado que o presidente da SATA, Rui Coutinho, e o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, estiveram reunidos para falar sobre “os problemas decorrentes do fecho das lojas, bem como as soluções possíveis defendidas por ambas as partes”.
“Ficou decidido que, no prazo de quinze dias, será elaborado um plano de acção conjunta com o objectivo de minimizar os efeitos do fecho das lojas e optimizar a cooperação entre a SATA e as agências de viagens da APAVT”, revela a nota de imprensa.
O plano “visa honrar o espírito de colaboração que sempre caracterizou o relacionamento entre as duas organizações”, garante a Associação, acrescentando que anunciará “oportunamente” o “resultado destas diligências”.
Foi a 19 de Julho que a SATA anunciou que iria reorganizar o seu modelo de atendimento, concentrando os serviços de venda de bilhetes, reservas e informações nos balcões do aeroporto e atendimento telefónico, em vez das lojas.
“A partir do próximo dia 1 de Agosto, as companhias aéreas do grupo SATA, SATA Air Açores e Azores Airlines, concentrarão os seus serviços de atendimento aos clientes nos Açores (venda de bilhetes, alterações de reservas e informações gerais) nos balcões de aeroporto e através do Contact Center (serviço de atendimento telefónico)”, sublinhou a transportadora em comunicado.
A empresa justificou que a reorganização está inserida “num plano mais abrangente e compreensivo que tem como objetivo assegurar a sustentabilidade da empresa a médio e longo prazo”.
A APAVT reagiu na quinta-feira da semana passada, dia 1 de Agosto, declarando-se “absolutamente surpreendida pela inusitada e incompreensível decisão de fecho das lojas de atendimento ao público, por parte da SATA, sobretudo no que concerne às «soluções» aventadas”.
A Associação questionou a decisão da SATA de entregar os serviços dos balcões encerrados à RIAC – Rede Integrada de Apoio ao Cidadão, uma vez que a actividade de venda de bilhetes e reservas de lugares em meios de transporte é exclusiva das pessoas singulares ou colectivas inscritas no Registo Nacional das Agências de Viagens e Turismo (RNAVT). Assim, de acordo com a APAVT, a RIAC estaria “a incorrer em violação da lei: não só do diploma legal que lhe confere as suas atribuições, mas também da Lei das Agências de Viagens”.
Para aceder ao site da SATA clique aqui.
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