A ACI World (Airports Council International World) apela aos governos para tomarem uma abordagem coordenada, com base nos riscos e nas evidências disponíveis, no que diz respeito à gestão de passageiros provenientes de destinos na China.
A ACI World, Airports Council International World, em comunicado, “apela aos governos de todos os países para adoptarem uma abordagem coordenada e baseada no risco, no que concerne à gestão de turistas provenientes da China, no seguimento da implementação de restrições de viagem por parte de vários países”.
Luís Felipe de Oliveira, director-geral da ACI World, foi citado em comunicado afirmando que “não podemos repetir erros do passado” e que “estamos a trabalhar com a ICAO [International Civil Aviation Organization] e outras organizações internacionais para proteger a conectividade – o que é vital para a recuperação das viagens, dos negócios e do turismo, que providenciam benefícios sociais e económicos às comunidades do mundo”.
O director-geral valorizou ainda a decisão da China em levantar as obrigações de quarentena aos visitantes internacionais, e apela a que “vão mais longe e reavaliem os requerimentos de testes”.
Para Luís Felipe de Oliveira, a “cooperação e a definição de padrões através do ICAO, da WHO [World Health Organization] e de outras [entidades] que harmonizem o processo das viagens internacionais entre países é crucial” para “garantir uma recuperação estável do tráfego aéreo”. “É imperativo que os governos tenham uma resposta harmonizada e que coordenem essa resposta com outros países e players da aviação”, concluiu.
Apesar da sua posição, “a ACI World reitera veementemente que, se forem consideradas necessárias quaisquer medidas de viagem relacionadas com a saúde, estas devem ser baseadas em riscos e evidências”.
Restrições são “injustificadas”, mas “compreensíveis”
O Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças declarou no final do ano passado que a aplicação de restrições a viajantes procedentes da China seria “injustificada”, dado que as variantes da covid-19 que circulam na China já circulam na UE e as potenciais infecções importadas do país asiático são “bastante baixas” em comparação com o número de infecções que já ocorrem na UE.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), contudo, considerou “compreensível” a adopção de restrições a viajantes procedentes da China.
“Na ausência de informações abrangentes da China, é compreensível que países em todo o mundo estejam a adoptar medidas que acreditam poder proteger as suas populações”, escreveu no Twitter o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
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