O IAG, grupo que junta British Airways, Iberia, Vueling e Aer Lingus, revelou que no ano de 2022, embora com quebra do tráfego de passageiros em 24,5% face a 2019, as receitas de passagens baixaram apenas metade (-13,4%), porque o yield ou preço médio por quilómetro voado “disparou” quase 15%.
O IAG, que acaba de praticamente garantir um dos seus principais objectivos, com o acordo para ficar com 100% da Air Europa (clique para ler: Fortalecer hub de Madrid é objectivo declarado do IAG para a compra da Air Europa), informou que no ano passado regressou aos lucros, com um resultado líquido positivo de 431 milhões de euros, ainda que muito longe do que conseguira em 2019, pré-pandemia, em que lucrara 1.715 milhões de euros.
Os dados publicados pelo grupo indicam que as suas receitas em 2022 ascenderam 23.066 milhões de euros, com 19.458 milhões de receitas de passagens, 1.615 milhões em carga e 1.993 milhões em outros proveitos, no primeiro caso 13,4% abaixo de 2019, na carga com aumento em 44,6% e nos outros proveitos com aumento em 3,7%.
Quanto aos custos, o balanço indica uma redução em 4,7%, para 21.810 milhões de euros, com o fuel a voltar a ser a conta mais pesada, no montante de 6.120 milhões de euros, seguido pelos custos de pessoal, com 4.647 milhões.
O IAG fechou assim 2022 com 1.256 milhões de euros de lucro operacional, que comparam com 2.613 milhões em 2019, ou seja, reflectindo uma quebra em 51,9% face ao último exercício pré-pandemia, que em termos de resultado depois de impostos ampliou-se para 74,9%.
Assim, embora ainda sem retornar aos níveis de lucro pré-pandemia, o IAG tornou a sua operação de transporte aéreo de passageiros mais rentável, com a receita unitária (por lugar voado um quilómetro, ou yield ponderado pela o ocupação) a atingir 7,38 cêntimos do euro, 11% acima de 2019, apesar de a taxa média de ocupação ter ficado 2,8 pontos mais baixa, em 81,8%.
A explicação é, pois, a subida do yield em 14,8%, para 9,02 cêntimos, com a qual o grupo ‘segura’ as receitas e ‘capitaliza’ a redução de custos face a 2019, em que os seus custos operacionais foram de 22.221 milhões de euros, com 6.021 milhões em fuel e 4.962 milhões em encargos com pessoal.