Apesar da intensificação dos discursos sobre o excesso de turismo em Portugal, para o país o balanço é mais um ano em que encaixa vários milhares de milhões de euros que permitem ao país ter contas externas positivas.
Os dados publicados hoje pelo Banco de Portugal indicam que só no mês de Julho o saldo positivo do turismo ascendeu a 2.495,11 milhões de euros e no conjunto dos primeiros sete meses do ano esse valor ascende a 11.285,35 milhões de euros.
Dessa forma, “até julho de 2024, a economia portuguesa apresentou um excedente externo de 5,5 mil milhões de euros, que compara com um excedente de 3,2 mil milhões de euros no período homólogo” de 2023.
Estes dados evidenciam por si sós a relevância do turismo, que se torna ainda mais evidente quando se atenta como diz o banco central que “a balança de bens e serviços apresentou um saldo de 971 milhões de euros”, com uma diminuição de 117 milhões de euros em relação ao mês homólogo de 2023, devido ao “aumento, de 454 milhões de euros, do défice da balança de bens, para 2.452 milhões de euros”, por que o aumento das importações em 1.008 milhões de euros (12,2%), superior ao aumento das exportações, que foi de 554 milhões.
As vendas de turismo ao exterior, representadas pelos gastos em Portugal de turistas residentes no estrangeiro, por sua vez aumentaram 9,1% ou 282,65 milhões de euros em Julho, totalizando 3.374,65 milhões, que é um novo recorde para o segundo mês do ano mais forte em turismo internacional.
No conjunto dos primeiros sete meses do ano, os gastos de turistas não residentes ascendem, de acordo com os dados do banco central, a quase 15 mil milhões de euros (14.970,35 milhões), com um aumento médio em 11,1%, significando mais quase 1,5 mil milhões de euros (1.494,13 milhões).
O maior aumento mensal deste período verificou-se em Março, que este ano beneficiou de ser “o mês das férias da Páscoa”, que em 2023 foi em Abril.
O aumento em Março foi em 300,5 milhões de euros, para 1.937,42 milhões, e seguiu-se o aumento em Julho, que foi de 282,65 milhões.
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