O terceiro maior operador turístico da Europa, o alemão FTI Group, entregou um pedido de insolvência no tribunal regional de Munique esta segunda-feira.
Em comunicado, a FTI Touristik GmbH revela que, após o anúncio da entrada de um consórcio de investidores em Abril, “os números de reservas ficaram muito aquém das expectativas”.
Simultaneamente, “vários fornecedores insistiram no pagamento antecipado” e, como resultado, “houve um aumento da necessidade de liquidez, que não poderia mais ser suprida até ao encerramento do processo do investidor”.
“O pedido de insolvência tornou-se, portanto, necessário por razões legais”, revela a nota de imprensa.
“Estamos a trabalhar arduamente para garantir que as viagens já iniciadas possam ser concluídas conforme planeado”, garante o FTI Group. Já as viagens que ainda não começaram, “provavelmente não serão possíveis ou serão apenas parcialmente possíveis a partir de terça-feira, 4 de Junho”.
O FTI Group criou um website para apoiar os viajantes afectados pela insolvência (para aceder clique aqui) e uma linha directa de apoio (+49 (0) 89 / 710 45 14 98).
O comunicado especifica que, inicialmente, apenas a marca do operador turístico FTI Touristik será directamente afectada pela decisão. Posteriormente serão apresentados pedidos de insolvência para outras empresas do Grupo. A Windrose Finest Travel GmbH e a marca de luxo Windrose continuarão os seus negócios.
O comunicado sublinha ainda que as empresas independentes Euvia GmbH e o seu canal de compras de viagens sonnenklar.TV, bem como o sistema de franquia da Touristik Vertriebsgesellschaft mbH (TVG) com as suas marcas sonnenklar.TV Reisebüros, 5vorFlug Reisebüros e Flugbörse não pertencem ao FTI Group.
A FTI emprega 11.000 pessoas em todo o mundo e programa viagens para mais de 40 destinos, através de cerca de 10.000 agências de viagens parceiras na Alemanha.
De acordo com a Reuters, O Ministério dos Negócios Estrangeiros alemão já comunicou que a indústria do turismo e o fundo de seguros de viagens cuidarão do repatriamento e do apoio aos turistas afectados. Se necessário, o Ministério fornecerá apoio consular para garantir um regresso seguro.
O governo alemão, também citado pela agência noticiosa, anunciou que precisa de examinar detalhadamente o efeito que a insolvência terá no financiamento da ajuda à recuperação que concedeu ao FTI durante a pandemia. “Deve-se presumir que apenas pequenas recuperações podem ser esperadas das reivindicações pendentes”, disse um porta-voz do Ministério das Finanças alemão.
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