spot_img
- Publicidade -
- Publicidade -

TAP agrava prejuízo no 1º trimestre com descida de receitas e aumento de custos com pessoal

A TAP teve um agravamento do prejuízo no 1º trimestre, tradicionalmente um período em que acaba ‘no vermelho’, provocado pela descida das receitas em 4,5% e pelo aumento dos custos com pessoal em 8,9%.

Os resultados divulgados hoje pela TAP indicam que a companhia aérea teve 108,2 milhões de euros de prejuízos no primeiro trimestre, o que significa um agravamento de 20,1% ou 18,1 milhões de euros em relação ao período homólogo do ano passado.

As receitas da TAP baixaram 4,5% ou 38,6 milhões de euros, para 823,4 milhões de euros, principalmente devido à descida da venda de passagens em 5,2% ou 40,6 milhões de euros, para 734,1 milhões de euros.

A manutenção, que tem sido apontada como essencial para a evolução das receitas da TAP, estagnou em 44,3 milhões de euros, menos 0,8% que há um ano.

Os custos operacionais da TAP no primeiro trimestre aumentaram 2% ou 18,7 milhões de euros, alcançando os 955 milhões de euros, principalmente devido ao aumento dos custos com pessoal, que subiram 8,9% ou 19 milhões de euros, para 232,1 milhões de euros.

O aumento mais forte dos gastos operacionais ocorreu na imparidade de contas a receber, inventários e provisões, em 140,5% ou 9,6 milhões de euros, para 16,5 milhões de euros.

No sentido inverso, os custos com combustível para aeronaves baixou 7,7% ou 19,5 milhões de euros, para 234 milhões de euros.

O EBITDA (resultados antes de juros, impostos, amortizações e provisões) caiu 122,2%, para -9,5 milhões de euros e o prejuízo operacional (EBIT, prejuízo antes de juros e impostos) agravou-se 77,1%, para -131,6 milhões de euros.

Citado na divulgação dos resultados, o CEO da TAP, Luís Rodrigues, afirmou que “2025 começou com um trimestre desafiante, marcado pela greve dos pilotos da Portugália e pela deslocação da Páscoa”. As férias escolares associadas à Páscoa ocorreram apenas em Abril, ou seja, fora do primeiro trimestre, e no ano passado ocorreram na última semana de Março e na primeira de Abril.

Luís Rodrigues também destacou que “o aumento da concorrência nos principais mercados e as disrupções operacionais, como eventos meteorológicos adversos, greves e constrangimentos nos aeroportos e no espaço aéreo europeu, impactaram de forma significativa a performance financeira e operacional do trimestre”.

“Ainda assim, gostaria de destacar o desempenho positivo da TAP no mercado norte-americano”, acrescentou o CEO da TAP.

“Embora os desafios se mantenham, nomeadamente a pressão concorrencial, as disrupções operacionais e a incerteza macroeconómica, os progressos alcançados nos últimos anos sustentam uma TAP mais resiliente e preparada para o futuro”, garante Luís Rodrigues.

“Estamos focados na consolidação da sustentabilidade financeira e da eficiência operacional, preparando a companhia para a nova fase que se seguirá ao Plano de Reestruturação, com o compromisso de transformar a TAP numa empresa sustentadamente rentável e atrativa, sempre com o apoio dos nossos stakeholders e das nossas pessoas, que são essenciais para o nosso sucesso”, concluiu o CEO da companhia.

O EBIT recorrente foi de -119,2 milhões de euros, menos 97,6% há um ano, enquanto o EBITDA recorrente caiu 95% para apenas 2,9 milhões.

A TAP transportou 3,510 milhões de passageiros no primeiro trimestre, o que corresponde a uma ligeira quebra de 0,6% ou 22 mil passageiros em relação ao período homólogo do ano passado.

Os dados divulgados hoje pela TAP mostram que a companhia reduziu a sua capacidade no primeiro trimestre em 0,4% (medida em ASK, número de lugares multiplicado pelos quilómetros voados – Available Seat x Km), menos do que a procura, que baixou 1,1% (medida em RPK, número de passageiros multiplicado pelo número de quilómetros voados – Revenue Passenger x Km).

A ocupação dos voos (load factor) baixou 0,5 pontos percentuais, para 78,8%.

Para mais notícias clique: Empresas e Negócios

Para aceder ao site da TAP clique aqui.

- Publicidade-
- Publicidade -