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Sustentabilidade é o maior desafio da aviação, reconhece Willie Walsh, director da IATA

“A sustentabilidade é o maior desafio da indústria e não nos esquivamos às nossas responsabilidades”, garantiu Willie Walsh, director-geral da IATA, associação representante da maioria das companhias aéreas.

As declarações de Willie Walsh foram publicadas num comunicado que assinala o arranque do primeiro evento da IATA dedicado à sustentabilidade, o World Sustainability Symposium (WSS), a decorrer em Madrid.

O executivo afirmou que “a procura por viagens aéreas mostra que todos queremos um mundo onde possamos voar e fazê-lo ao mesmo tempo que reduzimos a nossa pegada de carbono”.

Nesse sentido, o compromisso das companhias aéreas para alcançar a meta de “zero emissões líquidas de CO2 até 2050 é firme”, garante Willie Walsh.

O evento WSS “permitirá que os participantes se concentrem na mesma missão, com ambição e urgência, para criar impulso para alcançar o nosso objectivo”, acrescentou o director-geral da IATA.

“Estamos aqui para partilhar conhecimentos, acompanhar o ritmo das mudanças e ajustar o nosso trabalho em conformidade, ao mesmo tempo que reunimos governos e partes interessadas para facilitar a descarbonização na indústria”, frisou ainda Willie Walsh.

A associação prevê que os combustíveis sustentáveis para a aviação (SAF, Sustainable Aviation Fuels) “dêem a maior contribuição (62%) para atingir as zero emissões líquidas até 2050”.

Contudo, a IATA reconhece que “a procura de SAF é elevada, mas a oferta está atrasada” e propõe analisar diversas soluções durante o WSS, incluindo a adopção de políticas governamentais para incentivar a produção.

Outras soluções que a IATA propõe discutir incluem a diversificação de métodos e matérias-primas para produzir SAF e a criação de estruturas globais que garantam que a produção de SAF proveniente da produção de energia renovável é consistente.

Também serão analisadas estratégias de mitigação mais amplas, incluindo aeronaves movidas a hidrogénio ou eléctricas e melhorias contínuas de eficiência nas tecnologias de fuselagem e motores.

“Nenhuma acção isolada irá proporcionar uma solução mágica por si só”

A IATA sublinha que, além destas estratégias, “a colaboração entre governos e as partes interessadas da indústria é crucial na criação do quadro necessário para atingir os objectivos de descarbonização”.

Citada no comunicado, Marie Owens Thomsen, vice-presidente sénior de Sustentabilidade e Economista-Chefe da IATA, afirmou que o WSS pretende “identificar áreas para acções concretas que possam acelerar a transição da aviação para emissões líquidas zero de CO2 até 2050, uma vez que claramente não há tempo a perder”.

“Este é um desafio difícil e dinâmico, e nenhuma acção isolada irá proporcionar uma solução mágica por si só”, acrescentou a executiva. “Precisamos de avançar em todas as frentes simultaneamente, e isso exigirá um nível único de colaboração em todas as partes da nossa indústria, juntamente com os reguladores e o sector financeiro”, concluiu Marie Owens Thomsen.

O WSS é um evento da IATA que se realiza este ano pela primeira vez, com organização da Iberia e a participação de mais de 450 profissionais de aviação, sustentabilidade, tecnologia e finanças, bem como decisores políticos e outras partes interessadas.

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