A Ryanair anunciou hoje que a sua oferta na Madeira e nos Açores não terá qualquer crescimento no próximo Verão devido à subida das taxas aeroportuárias, ao contrário do Porto e de Faro, que terão 18 novas rotas.
A low cost anunciou que vai basear mais dois aviões no Porto e dois aviões em Faro no próximo Verão, para oferecer um total de 121 rotas nos dois aeroportos.
As novas rotas em Faro são Aarhus, Barcelona, Belfast, Exeter, Frankfurt Hahn, Roma Fiumicino e Toulouse, enquanto as novas rotas do Porto são Bristol, Castellon, Leeds, Maastricht, Nimes, Shannon, Estocolmo, Estrasburgo, Trapani, Turim e Wroclaw.
A Ryanair sublinha em comunicado que o crescimento no Porto e em Faro “é resultado directo da intervenção da ANAC, o regulador aeroportuário português, para impedir que o operador aeroportuário monopolista, a ANA, introduza taxas aeroportuárias excessivas”.
“Lamentavelmente, a intervenção da ANAC não foi suficientemente longe noutros aeroportos, tendo Lisboa, Madeira e Açores aumentado significativamente as taxas”, prossegue a nota de imprensa.
“Além das taxas excessivas”, a companhia aérea salienta que o crescimento do turismo em Portugal enfrenta outra ameaça: as taxas ETS, “que visam injustamente os voos de curta distância e foram recentemente propostos para incluir as regiões ultraperiféricas da UE, incluindo a Madeira, já em 2024”.
Se forem aplicadas, “os turistas irão enfrentar custos mais elevados para visitar a Madeira em relação a outros destinos de férias fora da Europa, o que significa que o arquipélago provavelmente perderá visitantes para destinos fora da UE, como Marrocos, Turquia e Jordânia, que estão isentos do pagamento de taxas ETS”, acrescenta a nota de imprensa.
Desta forma, a Ryanair apela à ANAC e à ANA Aeroportos “para alargarem a redução das taxas aeroportuárias a todos os aeroportos portugueses e apela mais uma vez ao Governo português para confirmar a abertura do novo aeroporto de Lisboa assim que possível”.
