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Reservas até Junho deixam Lusanova “muito optimista” para este ano

As reservas para viagens até Junho deixam o director operacional da Lusanova, Tiago Encarnação, “muito optimista” para este ano, embora admita que “o mercado está muito instável” e pode trazer surpresas.

“O ano começou bem”, com as vendas a igualarem ou superarem 2019, pré-pandemia, começou por dizer Tiago Encarnação em conferência de imprensa.

“Até Junho está tudo muito bom” e “se continuarmos assim atingimos ou superamos os valores de 2019”, frisou o director operacional da Lusanova Portugal.

A visão de Tiago Encarnação é que “o cliente português está a querer viajar, tem dinheiro para viajar”, mas “o mercado está muito instável” e “existem cenários muito negros que ainda podem acontecer durante este ano”.

Os destinos com melhor desempenho no início de 2023 são “Açores e Madeira, principalmente a Madeira, e os destinos europeus, o que é normal porque lançámos os Grandes Destinos há pouco tempo”, indicou o executivo.

“Os circuitos europeus estão a ter muito boa recepção, assim como a Turquia e o Egipto, mas ainda é muito cedo”, ressalvou o director operacional da Lusanova.

Na Bolsa de Turismo de Lisboa (BTL), entre 1 e 5 de Março, “a procura pelo produto Lusanova foi superior ao ano passado”. Contudo, ainda é cedo para fechar as contas “porque ainda estão a decorrer campanhas da BTL”.

Continuar a crescer próximo das agências

O objectivo da Lusanova, um dos mais antigos operadores turísticos portugueses, fundado em 1959, é continuar a crescer, mas “mantendo sempre duas características que são fundamentais”, indicou Tiago Encarnação.

Uma dessas características é “continuar a ser uma empresa 100% portuguesa e 100% familiar, porque acreditamos que nos dá proximidade em relação às agências de viagens, que são muitas delas também empresas familiares”.

Essa proximidade é importante porque, apesar de ter cada vez mais destinos com reservas online na sua programação, a Lusanova continua a apostar na capacidade de responder a orçamentos à medida.

A Lusanova foi comprada por Fernando Lourenço, actual presidente do grupo, em 1971, tendo a partir dessa data consolidado um posicionamento familiar que se mantém até aos dias de hoje, estando a gestão da empresa já na terceira geração.

Presença no Brasil ajuda a negociar preços mais competitivos

Outra característica que a Lusanova quer reforçar é a sua “vertente atlântica, com presença no Brasil e em Portugal”, uma vez que fortalece a capacidade de negociação da empresa junto dos fornecedores.

A presença no Brasil desde 1998 “ajuda-nos a negociar melhor e a ter preços mais competitivos no mercado português”, afirmou Tiago Encarnação.

A Lusanova Portugal e a Lusanova Brasil são empresas independentes, que, apesar de terem sócios em comum, não estão consolidadas enquanto grupo empresarial. Não existe nenhuma participação da Lusanova Portugal na Lusanova Brasil ou vice-versa.

Em 2022, a Lusanova Portugal facturou 15 milhões de euros e recuperou dos anos de maior impacto da pandemia, 2020 e 2021, quando as suas vendas totalizaram 7 milhões de euros no conjunto dos 24 meses.

Contudo, as vendas no ano passado ainda não atingiram os volumes de 2019, pré-pandemia, quando a Lusanova Portugal facturou 31 milhões de euros.

As vendas da Lusanova Brasil em 2022, por sua vez, ascenderam a 38 milhões de reais (cerca de 6,8 milhões de euros ao câmbio de hoje), superando os 6 milhões de reais facturados em 2020 e 2021, mas ficando 47,9% abaixo de 2019, pré-pandemia.

No início deste ano, Portugal e Brasil estão “a ter muito bons resultados”, indicou Tiago Encarnação.

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