Os empresários Carlos Tavares, Tiago Raiano, Paulo Pereira e Nuno Pereira apresentaram uma proposta para comprar 85% da companhia aérea Azores Airlines.
Tiago Raiano, CEO do Grupo Newtour, e Nuno Pereira, da MS Aviation, formaram o consórcio Newtour/MS Aviation que apresentou a única proposta validada em Abril de 2024 pelo júri do concurso de privatização da Azores Airlines.
Um mês depois, em Maio de 2024, o Governo dos Açores anunciou o cancelamento do concurso de privatização da Azores Airlines, depois do júri ter revelado que tinha reservas quanto à capacidade do consórcio para assegurar a viabilidade da companhia. No entanto, o executivo regional acabou por autorizar a administração da SATA a negociar com o consórcio.
Em Março deste ano, o jornal “Açoriano Oriental” revelou um reforço do consórcio Newtour/MS Aviation com a entrada de Carlos Tavares, ex-CEO da Stellantis, e Paulo Pereira, proprietário da Quinta da Pacheca.
Os quatro empresários passaram a apresentar-se através de uma estrutura única designada Atlantic Connect Group, de acordo com um comunicado divulgado hoje.
A nota de imprensa sublinha que o Atlantic Connect Group entregou a proposta ao júri do concurso da privatização da Azores Airlines após a celebração de acordos com representantes dos pilotos e do pessoal de cabine.
Sem revelar detalhes, o Atlantic Connect Group garante que a sua proposta “considera a actual situação financeira da empresa e incorpora a visão estratégica dos empresários, orientada para a sustentabilidade da companhia e para a consolidação da sua operação, enquanto activo estratégico para Portugal e para a Região Autónoma dos Açores”.
O Atlantic Connect Group declara-se “disponível para, junto do júri, prestar os esclarecimentos que venham a ser necessários, mantendo, nesta fase, a reserva pública adequada a um processo que se pretende rigoroso, isento e célere”.
A privatização da maioria do capital da Azores Airlines é uma das exigências do plano de reestruturação acordado com a Comissão Europeia em Junho de 2022, como contrapartida pelo apoio estatal de 453,25 milhões de euros. A venda terá de ser concretizada até ao final deste ano.
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