Os proveitos totais do alojamento turístico português, constituído maioritariamente por hotéis, aceleraram em Julho para 753,9 milhões de euros, que é o segundo maior montante mensal de sempre, inferior apenas aos 795,5 milhões de Agosto de 2022.
Os dados do INE, que houve quem apressadamente concluísse mostrarem desaceleração do aumento de proveitos, o que mostram na realidade é que o crescimento começou no ano passado e, portanto, este ano, progressivamente o termo de comparação é mais exigente.
E por isso, quando se compara com 2019, pré-pandemia, o aumento no mês de Julho foi em 41% ou 219,3 milhões de euros, que foram a terceira maior variação relativa este ano, depois dos aumentos em 46,9% em Abril e em 41,6% em Janeiro, por um lado, e o maior aumento em valor absoluto.
A informação do INE indica que relativamente ao ano passado, a variação em Julho foi um aumento em 10,6%, que foi o mais fraco deste ano, mas porque foi em relação a um Julho de 2022 em que houve um aumento em 131,9%.
Em valor absoluto, o aumento de proveitos de hotelaria em Julho foi de 72 milhões de euros, mas em cima de um aumento em 387,8 milhões em Julho de 2022, tendo atingido o que foi então o segundo maior montante mensal de sempre (681,8 milhões de euros).
Os dados relativos a este Julho apresentam a região de Lisboa como aquela em que os proveitos totais do alojamento turístico tiveram o maior aumento, em 19,3 milhões de euros, seguida pelo Algarve com aumento em 16,7 milhões e Porto e Norte com aumento em 12,9 milhões.
Quando se compara com Julho de 2019, pré-pandemia, atenuando o efeito das diferentes velocidades de recuperação do impacto da pandemia, sobressai o aumento em 64 milhões de euros no Algarve, seguido por Lisboa, com mais 58,9 milhões, e Porto e Norte, com mais 32,7 milhões.
O INE indicou que o alojamento turístico do Algarve foi o que mais facturou em Julho, atingindo 273 milhões de euros, e seguiram-se Lisboa, com 192,8 milhões, Porto e Norte, com 102,8 milhões, Madeira, com 68,5 milhões, Centro, com 53,1 milhões, Alentejo, com 35,5 milhões, e Açores, com 28 milhões.
No conjunto dos primeiros sete meses do ano, a liderança é do alojamento turístico da região de Lisboa, com 1.049 milhões de euros, seguido pelo Algarve, com 843,1 milhões, Porto e Norte, com 506,8 milhões, Madeira, com 361,9 milhões, Centro, com 237,8 milhões, Alentejo, com 135 milhões, e Açores, com 100,9 milhões.
Cálculos do PressTUR mostram Lisboa é a região onde o alojamento turístico tem a maior facturação média por dormida, com 110,5 euros, seguida pelo Algarve, com 99,3 euros, Alentejo, com 97, Açores, com 89,3, Porto e Norte, com 87,2, Madeira, com 83,2, e Centro, com 71,7.