A aviação mundial registou em Março uma descida da taxa média de ocupação dos voos internacionais em 1,7 pontos percentuais, para 79,9%, provocado por um aumento da oferta superior ao aumento da procura.
Os dados divulgados hoje pela IATA, a maior associação internacional de companhias aéreas, mostram que, em Março, a procura por voos internacionais em todo o mundo aumentou 4,9% em relação ao mês homólogo do ano passado, medida em RPK (número de passageiros multiplicado pelo número de quilómetros voados – Revenue Passenger x Km).
Este aumento do tráfego internacional em Março foi 2,1 pontos percentuais inferior ao aumento da capacidade, que foi de 7%, medida ASK (número de lugares multiplicado pelos quilómetros voados – Available Seat x Km).
Nos voos domésticos, o tráfego medido em RPK cresceu 0,9% e a capacidade medida em ASK subiu 2,5%, levando a uma quebra de 1,3 pontos percentuais na taxa de ocupação, para 82%.
No total, incluindo voos internacionais e voos domésticos, o tráfego aéreo mundial cresceu 3,3% em Março e a oferta disponibilizada no mercado aumentou 5,3%, o que levou a um decréscimo de 1,6 pontos percentuais na taxa de ocupação média, para 80,7%.
O director-geral da IATA, Willie Walsh, citado num comunicado, destacou que, ainda assim, o aumento do tráfego em 3,3% revela “um ligeiro fortalecimento face ao crescimento de 2,7% registado em Fevereiro”.
Willie Walsh sublinhou que “ainda existe muita especulação sobre os potenciais impactos das tarifas e outros obstáculos económicos nas viagens”.
“Embora a pequena queda da procura na América do Norte necessite de ser observada com atenção, os números de Março continuaram a mostrar um padrão global de crescimento para as viagens aéreas”, o que, para o director da IATA, significa que “continuam a ser urgentes” os desafios associados ao alívio dos problemas na cadeia de abastecimento de aeronaves e associados à garantia de capacidade de gestão de aeroportos e tráfego aéreo.
Os dados da IATA mostram que, na Europa, as companhias aéreas registaram, em Março, um aumento de 4,9% no tráfego aéreo em voos internacionais, com um aumento de capacidade em 6,9%, que levou a uma quebra de 1,5 pontos percentuais na taxa de ocupação, para 78,2%.
Na América do Norte, as companhias aéreas registaram um decréscimo de 0,1 pontos percentuais no tráfego aéreo internacional, e um aumento de 2% na capacidade, levando a uma quebra de 1,8 pontos percentuais na ocupação.
As companhias aéreas do Médio Oriente também registaram uma quebra na procura por voos internacionais (-1%), com um aumento de capacidade de 2,8%, levando a uma quebra de 2,9 pontos na ocupação, para 74,6%.
O maior aumento na procura por voos internacionais registou-se nas companhias aéreas da Ásia e Pacífico (+9,9%), que ainda assim tiveram uma quebra de 1,3 pontos na ocupação, para 84,1%, devido ao aumento de 11,6% na capacidade disponibilizada.
O segundo maior aumento de tráfego internacional registou-se nas companhias aéreas da América Latina (+7,7%), onde a ocupação média registou uma quebra de 3,3 pontos, para 80,9%, impulsionada por um aumento de 12,1% na capacidade.
Nas companhias aéreas africanas, os dados da IATA mostram um aumento de 3,3% na procura por voos internacionais e de 3,5% na capacidade, levando a uma descida de 0,2% pontos na ocupação, para 70,1%.
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