As companhias aéreas europeias registaram, em Maio, um aumento de 4,1% na procura por voos internacionais, uma evolução inferior ao aumento da capacidade (+4,8%), de acordo com os dados divulgados hoje pela IATA.
Com um aumento da oferta superior ao aumento da procura, a taxa de ocupação das companhias aéreas europeias em voos internacionais baixou 0,6 pontos percentuais em relação a Maio de 2024, fixando-se em 84%.
A nível mundial, os dados da maior associação internacional de companhias aéreas indicam que, em Maio, houve um aumento de 5% na procura (medida em RPK, o que corresponde ao número de passageiros multiplicado pelo número de quilómetros voados – Revenue Passenger x Km), em relação ao mês homólogo do ano passado.
A capacidade (medida em ASK, ou seja, número de lugares multiplicado pelos quilómetros voados – Available Seat x Km) também teve um aumento de 5%, o que resultou numa estagnação da taxa de ocupação dos voos em 83,4% (+0,1 pontos percentuais).
Analisando apenas os voos internacionais, os dados mostram um aumento do tráfego em 6,7% e um aumento da capacidade em 6,4%, com a taxa de ocupação a atingir os 83,2%, o que corresponde a um aumento de 0,2 pontos percentuais.
Nos voos domésticos, a procura subiu 2,1% e a capacidade aumentou 2,8%, o que provocou uma descida de 0,5 pontos percentuais na ocupação, para 83,7%.
O director-geral da IATA, Willie Walsh, citado num comunicado, sublinhou que “o crescimento da procura de viagens aéreas foi irregular em Maio”, com a região da Ásia e Pacífico a liderar com um aumento do tráfego em 9,4% e um aumento da capacidade em 7,1%.
Willie Walsh destacou que “a América do Norte foi a excepção”, com uma queda de 0,5% no tráfego e um aumento de 2% na capacidade.
Por outro lado, o director da IATA salientou que “as graves interrupções no Médio Oriente no final de Junho” recordam que “a instabilidade geopolítica continua a ser um desafio em algumas regiões”.
“O impacto desta instabilidade nos preços do petróleo — que se mantiveram baixos durante todo o mês de Maio — é também um factor crítico a monitorizar”, avisou Willie Walsh.
Pela positiva, o executivo sublinhou que “a confiança dos consumidores parece estar forte, com reservas antecipadas para o pico da época de viagens de Verão no hemisfério Norte”.
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