O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, promulgou o diploma que aprova o processo de reprivatização do capital social da TAP após “esclarecimentos governamentais”.
O Governo anunciou há um mês que pretende vender 44,9% do capital da TAP a investidores e 5% aos trabalhadores, mantendo uma posição maioritária de 50,1%.
O executivo anterior, liderado pelo mesmo primeiro-ministro do Governo actual, Luís Montenegro, defendia a venda de 100% da TAP, mas, sem maioria no Parlamento, declarava-se aberto ao diálogo, como indicou, numa audição em Fevereiro, o ministro das Infra-estruturas, Miguel Pinto Luz, que mantém a mesma pasta no novo executivo, também sem maioria parlamentar.
A TAP é detida a 100% pelo Estado português desde Dezembro de 2021, na sequência de um auxílio estatal devido aos impactos da pandemia de covid-19.
A privatização da TAP atraiu interesse dos grandes grupos europeus de companhias aéreas, designadamente Lufthansa, Air France-KLM e IAG (British Airways, Iberia e outras transportadoras).
Em 2024, a TAP teve um lucro líquido de 53,7 milhões de euros, o que corresponde a uma descida de 123,6 milhões de euros ou 69,7% em relação a 2023. As receitas operacionais da companhia atingiram um montante recorde, impulsionados pelos serviços de manutenção. No primeiro trimestre deste ano, um período que tradicionalmente acaba ‘no vermelho’, a TAP teve um agravamento do prejuízo em 20,1%.
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