Os turistas portugueses também poderão ter de pagar pelo pacote legislativo Big Beautiful Bill, que inclui uma sobretaxa na autorização de entrada, que quase duplica o preço.
Os portugueses estão incluídos no grupo de países que integra o Visa Waiver Program, Programa de Isenção de Visto para visitar os Estados Unidos, sendo que apenas é necessário requerer entrada através do ESTA, Electronic System for Travel Authorization.
Através do ESTA, os turistas portugueses pedem entrada nos Estados Unidos com um custo de 21 dólares, cerca de 18,1 euros, e recebem resposta num prazo de cerca de 72 horas, embora o ideal seja o requerimento com pelo menos uma semana de antecedência.
A situação vai mudar com o pacote legislativo Big Beautiful Bill, nome quase irónico tendo em conta o impacto da sua aplicação nas populações mais desfavorecidas dos Estados Unidos, sendo que este pacote prevê o aumento, através de sobretaxas, do custo da autorização de entrada no país, de 21 (18,1 euros) para 40 dólares, 34,5 euros.
A aplicação desta sobretaxa está prevista para 2026.
A situação piora para os visitantes cujo país não integra o Programa de Isenção de Visto, que vão ter de pagar o Visa Integrity Fee, qualquer coisa como uma taxa de integridade do visto, no valor de 250 dólares, cerca de 215,5 euros, provavelmente o único ponto relacionado com integridade de todo este ‘grande e lindo pacote legislativo’.
O presidente da Associação de Viagens dos EUA, Geoff Freeman, citado pelo “L’Echo Touristique”, classificou os impostos sobre clientes estrangeiros como “injustificados” e acrescentou que são ainda mais “difíceis de aceitar” porque os investimentos anunciados deviam melhorar a experiência do viajante à chegada aos Estados Unidos.
O dirigente afirmou mesmo que “aumentar as taxas para os visitantes internacionais recorrentes equivale a impor um imposto sobre uma das maiores exportações do nosso país: as despesas com viagens internacionais”. A associação teme que estas taxas, naturalmente, desencorajem os visitantes, que já estão preocupados com a questão da hospitalidade e os preços.
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