O primeiro-ministro, Luís Montenegro, reconheceu o silêncio do governo sobre o desenvolvimento do novo aeroporto na região de Lisboa, em Alcochete, mas garantiu estar a “comprimir prazos” para acelerar a sua construção.
Luís Montenegro falava esta segunda-feira numa conferência organizada pela Confederação do Turismo de Portugal (CTP), organizada para assinalar o Dia Mundial do Turismo, celebrado no dia 27 de Setembro.
A primeira intervenção foi de Francisco Calheiros, presidente da CTP, que acusou o Governo de “longos meses de silêncio” em relação ao novo aeroporto de Lisboa.
“Passa o tempo e nada anda. Estou mesmo em crer que não vou ver o aeroporto de Alcochete”, enfatizou Francisco Calheiros.
Até à construção do novo aeroporto em Alcochete, cuja previsão de abertura mais optimista é 2034, ainda falta “decidir e construir as infraestruturas de mobilidade e todos os acessos necessários, como o exemplo da nova travessia sobre o Tejo”, alertou o presidente da CTP.
Para tranquilizar Francisco Calheiros e os empresários presentes na conferência, a decorrer em Tróia, o primeiro-ministro de Portugal, Luís Montenegro, reconheceu “algum comedimento ou silêncio” do governo, mas garantiu que o processo está em curso.
“Não somos daqueles que gostam de falar muito, apresentar muitos PowerPoints. Estamos mais empenhados em fazer”, frisou o primeiro-ministro, garantindo ao presidente da CTP que “vai mesmo ver o novo aeroporto”.
“Nós estamos a comprimir prazos o máximo que podemos para poder realizar esse grande objectivo que é termos uma nova infra-estrutura aeroportuária na região de Lisboa”, frisou o primeiro-ministro.
De acordo com os dados do INE, o Aeroporto de Lisboa recebeu 17,226 milhões de passageiros no primeiro semestre, o que corresponde a um aumento de 510 mil (+3%) em relação ao primeiro semestre do ano passado. Foi o maior aumento entre todos os aeroportos portugueses. Clique para ler: Aeroporto de Lisboa teve o maior aumento de passageiros do 1º semestre em Portugal.
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