O director-geral da MSC Cruzeiros em Portugal, Eduardo Cabrita, faz um balanço positivo de 2024, mas destaca que ainda tem dois meses importantes pela frente, com cruzeiros no Dubai e na Madeira, que “vão fazer a diferença”.
Em declarações aos jornalistas ontem em Lisboa, no roadshow da companhia, Eduardo Cabrita sublinhou que os cruzeiros da MSC no Dubai e na Madeira nos últimos dois meses do ano têm peso nas contas. Os do Dubai porque são comercializados em pacote com voos Emirates de Lisboa e os da Madeira porque são com embarque e desembarque no Funchal, sendo também comercializados com voos TAP.
Em relação a surpresas em 2024, o director da MSC Cruzeiros em Portugal destacou os meses de Setembro e Outubro, principalmente no final de Setembro, depois das férias, período no qual houve um crescimento surpreendente.
No que diz respeito aos cruzeiros com saída e chegada a Lisboa, Eduardo Cabrita afirmou que “foi um grande sucesso, tem sido sempre um grande sucesso”, desde o primeiro, que coincidiu com a inauguração do escritório em Portugal, há 15 anos.
O director detalhou que a operação começou com quatro a cinco cruzeiros em Setembro/Outubro e que este ano, “pela primeira vez, tivemos 21 cruzeiros” entre Abril e Outubro. No próximo ano será o navio Musica, da mesma gama que o Orchestra, a operar em Lisboa, para depois seguir para o Funchal.
Desta forma, a MSC vai ter operações em Lisboa no próximo Verão, e na Madeira neste e no próximo Inverno. Ver também: MSC Cruzeiros fará 19 cruzeiros com embarque e desembarque em Lisboa no próximo Verão.
Os principais mercados para os cruzeiros de Lisboa, por ordem, são o italiano, seguido do do Norte da Europa, com destaque para a Alemanha, e depois a França e Espanha.
A quota de passageiros portugueses nos itinerários Lisboa-Lisboa é de 15% a 18%, com perspectiva de crescimento para 2025. Um dos produtos que se destaca no mercado português é o itinerário à saída de Barcelona, que passa por Espanha, França e Itália.
Em relação ao mercado alemão, Eduardo Cabrita afirmou que é um dos principais mercados de cruzeiros na Europa, à semelhança do britânico, sendo que este último tem mais o hábito de fazer cruzeiros à ‘porta de casa’, ao passo que os alemães são mais receptivos a cruzeiros com voo.
Ainda a respeito do mercado alemão e também em relação aos mercados do Norte da Europa, o director da MSC Cruzeiros em Portugal afirmou também que estes ainda estão ‘a sair da pandemia’ em termos de comportamento de mercado, o que, com o seu crescimento coloca mais pressão sobre o mercado português. Apesar desta situação, “eu estou em crer que o mercado português, se tudo correr bem, vai continuar nesta aceleração, mesmo que seja mais suave, dentro do sector dos cruzeiros, não só connosco”, rematou o director.
A marca de cruzeiros de luxo do Grupo MSC, a Explora Journeys, continua a ter uma procura diminuta no mercado português, como estava previsto, à semelhança de outros mercados como o da Bélgica e Holanda, que ainda “estão a dar os primeiros passos”. O director afirmou ainda que a companhia também está a iniciar-se neste segmento, e que está em “constante descoberta”, um pouco como aconteceu quando fez a passagem do transporte de cargas para o segmento dos cruzeiros.
Para cativar o público para este produto de luxo, a MSC conta com o ‘gancho’ do MSC Yacht Club, com clientes cada vez mais fidelizados.
No que diz respeito ao crescimento do mercado de cruzeiros, o director apontou para o facto de haver apenas 16 estaleiros que produzem este tipo de embarcações, o que limita a velocidade do crescimento do mercado.
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