A TAP Air Portugal anunciou hoje que teve um lucro líquido de 117,8 milhões de euros, o que corresponde a uma quebra de 62,8 milhões de euros ou 35% em relação ao período homólogo do ano passado.
A companhia aérea justifica a quebra do lucro com “perdas cambiais”, sem especificar. Citado num comunicado, o CEO da TAP, Luís Rodrigues, declarou-se satisfeito com o desempenho no terceiro trimestre “apesar dos dois grandes desafios enfrentados: a situação difícil de gestão do espaço aéreo europeu, e as desvalorizações cambiais significativas”.
Os gastos operacionais da TAP aumentaram acima do aumento das receitas, em 6,5% ou 64,4 milhões de euros no terceiro trimestre, para 1.056 milhões de euros. Este aumento foi impulsionado pela subida dos custos com o pessoal (+26,3%, para 216 milhões de euros), devido aos novos acordos de empresa, que produziram efeito apenas no quarto trimestre de 2023, exceptuando o acordo com os pilotos que entrou em vigor no terceiro trimestre do ano passado.
O resultado operacional da TAP aumentou 2%, para 1.284 milhões de euros, com uma subida das receitas de passagens em 0,5%, para 1.187 milhões de euros, face a aumento do número de passageiros transportados em 1,3%, para cerca de 4,6 milhões.
A informação da companhia mostra que o PRASK (receitas de passagens por lugar-quilómetro disponível) baixou 0,7%, para 8,07 cêntimos de euro, enquanto o CASK recorrente (custo operacional por lugar-quilómetro voado) subiu 5,2%. Excluindo o combustível (CASK ex-fuel), o aumento foi de 7%.
A TAP teve um aumento do tráfego medido em RPK (Revenue Passenger Km, ou número de passageiros multiplicado pelo número de quilómetros voados) em 2,9%, e, assim, superior ao aumento da capacidade medido em ASK (Available Seat Km, ou número de lugares multiplicado pelos quilómetros voados), que foi de 1,2%. Desta forma, a taxa de ocupação dos voos subiu 1,4 pontos percentuais, para 86,2%.
A TAP avançou ainda que o seu EBITDA recorrente (resultados antes de juros, impostos, amortizações e provisões) baixou 4,8%, para 372 milhões de euros, e assim a margem baixou 2,1 pontos percentuais, para 29%.
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