O Instituto Nacional de Estatísticas avisou hoje, ao publicar os dados relativos ao primeiro semestre, que as “dormidas no Algarve continuam abaixo dos níveis de 2019”.
“Face a junho de 2019, as dormidas no Algarve continuaram a decrescer (-6,8%, -0,9% em Maio)”, diz a análise do INE, cujos dados globais mostram um aumento de dormidas no alojamento turístico português em 18,8% ou 5,38 milhões em relação a 2022 e em 10,7% ou 3,27 milhões em relação a 2019, pré-pandemia.
Para o mês de Junho, que este ano é ‘perturbado’ pela realização da Jornada Mundial da Juventude, os dados do INE mostram um recorde mensal de dormidas no alojamento turístico, com o total de 7,44 milhões, +3,7% ou mais 267,4 mil que no mês homólogo do ano passado e +3,8% ou mais 270,7 mil que em Junho de 2019, pré-pandemia.
Este aumento, porém, como assinala o INE, ocorre com a excepção de uma quebra de dormidas no Algarve, maior região turística portuguesa, que tem um decréscimo face a Junho de 2019 em 6,8% ou 164,1 mil, atingindo ainda assim o maior total do mês, de 2,26 milhões.
Já no conjunto do semestre, a região líder em dormidas é Lisboa e Vale do Tejo, com 9,49 milhões, seguida pelo Algarve, com 8,5 milhões.
Mas enquanto Lisboa cresce tanto face ao ano passado (+23,9% ou mais 1,83 milhões) como face ao período homólogo de 2019 (+9,6% ou mais 829,1 mil), o Algarve tem crescimento face a 2022 (+13,2% ou mais 991,4 mil), mas fica aquém do primeiro semestre de 2019 (-0,8% ou menos 72,4 mil).
E os dados do INE mostram que para essa quebra concorreram tanto o mercado doméstico, com decréscimo em 3,1% ou 52,8 mil, como dos não residentes, com -2,9% ou menos 52,4 mil.
Mas o Algarve foi ainda assim a região nº1 em dormidas de não residentes, com 1,74 milhões no primeiro semestre, à frente de Lisboa, com 1,46 milhões, do Porto e Norte de Portugal, com 777,8 mil, e da Madeira, com 671,2 mil.
O mercado dos residentes em Portugal, por sua vez, concentraram as suas dormidas principalmente no Porto e Norte, com 2,21 milhões, Lisboa, com 2,01 milhões, Centro, com 1,98 milhões, e só depois o Algarve, com 1,63 milhões.