O presidente da SATA, Luís Rodrigues, agradeceu o contributo das agências de viagens e operadores turísticos para o “milagre” da recuperação da companhia, que este ano vai superar pela primeira vez os 200 milhões de euros de receitas.
“Estarmos aqui a falar da SATA é um milagre, mas os milagres dão muito trabalho e grande parte desse milagre está aqui nesta sala, foram vocês que fizeram”, disse Luís Rodrigues durante uma apresentação sobre a recuperação da empresa no Congresso da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), em Ponta Delgada.
“A administração está longe de ser o único actor [da recuperação do grupo] e é talvez um dos mais pequenos”, enfatizou o executivo, antes de “prestar homenagem” aos agentes de viagens e operadores turísticos.
“Aqui todos remaram para o mesmo lado e a mim só me resta fazer aquilo que o treinador japonês fez no final do jogo em que o Japão foi eliminado, que é agradecer”, concluiu Luís Rodrigues, fazendo uma vénia à plateia.
Depois de ter alcançado 157 milhões de euros de receitas em 2019, pré-pandemia, “vamos pela primeira vez na história da companhia ultrapassar os 200 milhões de euros de receita”, 27% acima do que estava previsto no plano de reestruturação acordado com Bruxelas, indicou o executivo.
Os resultados, contudo, “ainda não se traduzem exactamente” neste crescimento, devido aos efeitos da “crise do combustível e tudo o resto, mas esse percurso há de aparecer”.
A SATA prevê fechar o ano com mais “10, 12% de passageiros” face a 2019 e mais cerca de 30% de receitas, que deverão chegar aos 202 milhões de euros.
Sobre o próximo ano, Luís Rodrigues afirmou que “2023 vai ser marcado por um evento único que é a intenção de privatizar a Azores Airlines, um passo fundamental para que a companhia consiga sobreviver”.
Ver também: Luís Rodrigues será presidente da holding que abre caminho à privatização da Azores Airlines
O PressTUR viajou para Ponta Delgada a convite da APAVT
