Espanha, Itália, França e Reino Unido estão a aplicar restrições a viajantes procedentes da China, na sequência do aumento de diagnósticos de covid-19 no país asiático após o fim da política “zero covid”.
O primeiro país europeu a anunciar restrições a quem viaja da China foi Itália, obrigando todos os passageiros procedentes da China a realizar um teste rápido à covid-19, uma medida que também abrange passageiros em trânsito.
Seguiu-se Espanha, que anunciou na sexta-feira que vai exigir aos viajantes oriundos da China um certificado de vacinação contra a covid-19 ou um teste negativo.
No Sábado, dia 31 de Dezembro, foi a vez dos Governos de França e Reino Unido anunciarem restrições para os passageiros procedentes da China.
O Ministério da Saúde Britânico anunciou que, a partir de 5 de Janeiro, os passageiros provenientes da China continental terão que realizar, antes da partida, um teste de covid-19 para entrar em Inglaterra. E acrescentou que pretende alargar a exigência aos outros países do Reino Unido.
O Governo de França, por sua vez, anunciou que entre 5 e 31 de Janeiro vai realizar testes PCR aleatoriamente à chegada e obrigar ao uso de máscara os passageiros com mais de seis anos nos voos com partida da China.
O governo francês acrescentou que os viajantes maiores de 11 anos que viajem para França a partir da China por via aérea terão que apresentar um teste negativo à saída, realizado nas 48 horas antes do embarque.
Fora da Europa, os Estados Unidos, o Japão, Israel e outros países já anunciaram restrições para viajantes procedentes da China.
No final de Dezembro, Pequim anunciou que a partir de 8 de Janeiro irá eliminar a quarentena obrigatória para viajantes procedentes do exterior, embora mantendo a exigência de realizar um teste à covid-19 48 horas antes da partida.
Portugal está a acompanhar a situação
Em Portugal, o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, disse à agência Lusa que está a preparar a adopção, nos aeroportos, de medidas de controlo dos passageiros oriundos da China, que serão implementadas se e quando se revelarem necessárias, recusando “alarmismos” face ao recente aumento de infecções na população chinesa.
As declarações do ministro à Lusa, citadas na imprensa portuguesa, indicam que o Governo está a acompanhar a evolução da covid-19 na China, que “constitui um motivo de preocupação”, mantendo um “diálogo estreito com os outros países europeus, designadamente no quadro da União Europeia e com os organismos sanitários internacionais”.






