A Associação Internacional de Cruzeiros, CLIA, realizou uma apresentação em Lisboa onde destacou os desenvolvimentos na área da sustentabilidade no sector dos cruzeiros e o impacto na capital portuguesa, que considera não contribuir para a sobrecarga turística.
A CLIA visitou o Mein Schiff 1 da TUI Cruises, que estava atracado em Lisboa, e promoveu um diálogo sobre o turismo de cruzeiros na capital portuguesa e as acções de sustentabilidade do sector com base num estudo da Vodafone Analytics. Esta iniciativa foi destinada à Comissão Municipal de Lisboa, tendo sido promovida pela CLIA em cooperação com o porto de Lisboa, o terminal de cruzeiros de Lisboa e a TUI Cruises.
Nesta apresentação foram destacados os “benefícios económicos deste sector para os residentes e para a cidade de Lisboa, frisando o apoio a serviços locais tais como atracções turísticas, restaurantes, operadores turísticos e hotéis, e a simultânea implementação de tecnologias e práticas de ponta que reduzem consideravelmente o impacto ambiental da actividade”.
Dados do porto de Lisboa, citados pela CLIA, indicam que 2023 foi o melhor ano da actividade de cruzeiros na capital portuguesa, com mais de 200.000 passageiros em turnaround, um crescimento de +130% em relação ao ano anterior, e um total de 758.000 passageiros. O impacto económico é avaliado em mais de 83 milhões de euros.
O director-geral do Terminal de Cruzeiros de Lisboa, Duarte Cabral, citado em comunicado indicou que “a integração de práticas ecológicas nos terminais de cruzeiros tem uma importância primordial na promoção de uma relação sustentável entre a indústria de cruzeiros e as comunidades locais” e que com a implementação de práticas sustentáveis, os “terminais de cruzeiros podem estabelecer-se como pilares da responsabilidade ambiental”.
António Caracol, vogal do conselho de administração do porto de Lisboa, afirmou que a apresentação da CLIA, com base num estudo da Vodafone Analytics (Relatório da Vodafone Analytics sobre a mobilidade, Lisboa, Setembro 2022) sobre a mobilidade na cidade de Lisboa, concluiu que “o turismo de cruzeiros não contribui para a sobrecarga turística da cidade e que não foi detectado qualquer impacto significativo em termos de pressão de passageiros de cruzeiros nos principais pontos turísticos de Lisboa”.
O director para os assuntos governamentais e europeus da CLIA, Mikos Mertzanidis, afirmou que “Portugal e Lisboa são destinos valiosos para a indústria do turismo Europeu”, e que “o espírito colaborativo e a disponibilidade para o diálogo são essenciais para assegurar uma experiência muito positiva para visitantes e residentes”.
Mertzanidis afirmou ainda que “esta colaboração começa logo desde cedo, uma vez que os itinerários dos cruzeiros são traçados com bastante antecedência, permitindo que os portos, as comunidades e as companhias de cruzeiros tenham tempo suficiente para planear as visitas”.
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