O Sistema de Segurança Interna (SSI) esclareceu que o controlo de fronteiras nos aeroportos portugueses passou a incluir mais verificações de segurança e consultas a bases de dados internacionais, o que requer “um período de adaptação, tanto dos próprios sistemas, como dos profissionais no terreno”.
O SSI, que integra a Unidade de Coordenação de Fronteiras e Estrangeiros, disse à agência Lusa (para ler no “Jornal de Negócios” clique aqui), que o aumento de filas no controlo de passaportes deve-se ao “crescimento do número de passageiros, entre 10% e 15%, dependendo dos aeroportos, aumento do número de voos e a sua concentração em determinados períodos do dia e à maior exigência nos controlos obrigatórios definidos por regulamentos europeus”.
A notícia da Lusa recorda que os novos sistemas de controlo foram instalados nso aeroportos portugueses há cerca de um mês. Desde então, os passageiros oriundos de países de fora do Espaço Schengen estão a enfrentar longas filas de espera para passar no controlo de imigração. Ver também: Mais de 270 passageiros da Ryanair perderam voos por atrasos no controlo de fronteiras em Lisboa, Porto e Faro / Governo espera resolver problema do controlo de fronteiras nos aeroportos antes do Verão / “O Algarve não aguenta um Verão com estes problemas” no controlo de fronteiras – presidente da AHETA).
O SSI, de acordo com a Lusa, esclareceu que o controlo de fronteiras passou a incluir um número acrescido de verificações de segurança e consultas a bases de dados internacionais, impostos pelos novos regulamentos, o que significa “mais segurança e tecnologia e, naturalmente, a necessidade de um período de adaptação, tanto dos próprios sistemas, como dos profissionais no terreno”
“Os sistemas estão a funcionar e, apesar da complexidade, a operação decorre como previsto. Importa referir que, estamos na altura de maior afluência de passageiros, o que podemos assegurar é que todas a entidades envolvidas estão a trabalhar diariamente em estreita colaboração, para garantir a melhor experiência de viagem possível”, acrescentou o SSI.
Questionado sobre os motivos dos sistemas estarem lentos e quando o problema será resolvido, o SSI respondeu: “Com base na monitorização em curso, foram entretanto implementadas diversas ações para melhorar o serviço, com o reforço da capacidade de rede, a instalação de novos equipamentos de comunicação, colocação em funcionamento de mais equipamentos automáticos de controlo de passageiros (Rapids) para os Aeroportos de Lisboa, Faro, Porto, Funchal, Ponta Delgada, Porto Santo e Lages, bem como formação contínua dos guardas de fronteira”.
A Lusa especifica que os sistemas em causa são o ‘VIS4’ (Sistema Europeu de Informação sobre Vistos), o ‘PASSE+’ (Sistema Nacional de Controlo de Fronteiras Aéreas e Terrestres) e o Portal das Fronteiras.
A agência de notícias recorda ainda que, recentemente, a Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) alertou para o quadro de exaustão dos profissionais afectos à Unidade de Estrangeiros e Fronteiras devido a várias situações que se vivem nos aeroportos, tendo chamado a atenção que com a proximidade do Verão são necessárias diligências para “ultrapassar os obstáculos e mitigar os danos junto dos cidadãos, mas principalmente junto dos profissionais da PSP”.





