As companhias aéreas Azores Airlines e SATA Air Açores fecharam 2024 com um prejuízo acumulado de 82,8 milhões de euros, mais do dobro do ano anterior.
A companhia aérea Azores Airlines, que faz os voos do grupo de/para os Açores, registou um prejuízo de 71,2 milhões de euros, o que, de acordo com uma notícia da Lusa citada na imprensa portuguesa, compara com um prejuízo de 26,08 milhões de euros em 2023.
A SATA Air Açores, que faz os voos entre as ilhas dos Açores, teve um prejuízo de 11,6 milhões de euros em 2024, o que compara com 9,97 milhões de prejuízo no ano anterior.
O prejuízo acumulado das duas companhias aéreas do Grupo SATA alcançou assim os 82,8 milhões de euros no ano passado, mais do dobro dos 36 milhões reportados em 2023, de acordo com a Lusa (para ler no Sapo clique aqui).
Num comunicado divulgado na sexta-feira, dia 6 de Junho, o Grupo SATA indicou que a Azores Airlines aumentou as suas receitas em 50,2 milhões de euros em relação a 2023, alcançando os 336 milhões de euros.
“Apesar do incremento de receitas, o ano passado foi marcado pelo crescimento dos custos, operacionais e não operacionais, tendo impactos directos no EBITDA e Resultados Líquidos do Período para o ano de 2024”, sublinha a nota de imprensa do grupo. “As contas refletiram também fatores extraordinários, alguns deles que não se repetirão em 2025”, acrescentou.
Entre esses factores, a SATA indica “encargos adicionais devido às consequências na operação das condições climatéricas adversas e da incapacidade da estrutura, aeroportuária e hoteleira, de dar resposta ao aumento de atividade, os gastos com pessoal devido aos compromissos assumidos anteriormente no âmbito dos novos acordos de empresa, os custos com a manutenção e provisões pelo desfecho desfavorável do processo judicial entre a Azores Airlines e a Hifly relacionado com encargos contratuais com uma aeronave A330, vulgo “Cachalote”, cujos impactos acumulados ascendem a mais de 30 milhões”.
“Assim, os resultados operacionais antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) foram de 691 mil euros negativos, sendo que a correção de alguns dos fatores extraordinários não repetíveis, referidos anteriormente, com destaque para o impacto do processo com a Hifly, que infligiu um impacto financeiro em 2024 de 6,4 milhões de euros, conduziria a resultados operacionais positivos”, acrescenta a empresa.
A empresa diz ainda que “os gastos com depreciações e amortizações em 2024 sofreram um aumento de 13,4 milhões de euros face a 2023 (mais 44%), essencialmente devido à existência de duas novas aeronaves na frota, comparativamente ao período homólogo”.
Desta forma, os resultados antes de juros e impostos (EBIT) foram negativos em 44,4 milhões de euros.
A SATA Air Açores alcançou receitas de 60,6 milhões de euros, excluindo subsídios à exploração, o que corresponde a um aumento de 3,7 milhões de euros em relação ao ano anterior.
Sobre os custos operacionais, a companhia registou “eventos extraordinários, operacionais e não operacionais, com impacto negativo nos resultados operacionais”.
“Registou-se um aumento generalizado, com incidência particular nos custos com pessoal e ACMI, assim como nos gastos com manutenção de aeronaves”, factores que tiveram um impacto negativo de quase 14 milhões de euros.
“O aumento verificado da receita foi insuficiente para cobrir o incremento dos custos operacionais, cujo impacto se fez sentir no resultado operacional antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) da companhia que registou uma redução de 11,4 milhões de euros, em 2023, para 4,6 milhões de euros, em 2024”, acrescenta a empresa.
Para mais notícias clique: Empresas e Negócios
Para aceder ao site da SATA clique aqui.
