O líder da Aliança Democrática (AD) e candidato a primeiro-ministro, Luís Montenegro, garantiu hoje aos empresários do turismo que se for eleito avançará com um novo aeroporto para a região de Lisboa, com ou sem consenso do PS.
“O meu compromisso é no início do Governo pegarmos no resultado final da Comissão Técnica Independente, que ainda não foi entregue, e decidir. É isso que vamos fazer. Nós vamos decidir”, garantiu o presidente do Partido Social Democrata (PSD).
E acrescentou: “vamos tentar consensualizar com o Partido Socialista (PS), que será na altura o maior partido da oposição. Se conseguirmos o consenso tanto melhor, se não conseguirmos nós avançaremos, nós avançaremos mesmo”.
Luís Montenegro, que falava num almoço-debate organizado pela Confederação do Turismo de Portugal (CTP), garantiu que será “exigente” com a ANA Aeroportos/Vinci Airports para fazer as obras no Aeroporto Humberto Delgado para “pelo menos amenizar” as condições operacionais da infra-estrutura.
Sobre a TAP, o líder do PSD declarou-se “favorável à privatização de 100% do capital da TAP”, se for feita com um caderno de encargos que obrigue à manutenção do hub em Lisboa e que permita assegurar os interesses estratégicos do país.
Luís Montenegro frisou ainda que, se formar governo, “o ataque desferido ao Alojamento Local será revertido”. O candidato propõe que “sejam as Câmaras Municipais, de forma descentralizada, próximas, conhecedoras da realidade local, a ter uma palavra a dizer relativamente à estratégia a seguir localmente”.
Em resposta a Francisco Calheiros, presidente da CTP, que pede um lugar para o turismo no Conselho de Ministros, Luís Montenegro reafirmou a sua proposta para criar reuniões mensais sobre três temas: “transição climática e energética; transição digital e combate à burocracia; e assuntos económicos, onde se integra o turismo”.
Assim, o líder da AD não garante a criação de um Ministério do Turismo e diz apenas que “havendo um Ministério do turismo, terá assento no Conselho de Ministros dos Assuntos Económicos; se não houver, haverá representação do turismo nesse Conselho de Ministros dos Assuntos Económicos”.
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