O alojamento turístico português está próximo de ultrapassar em 2023 a marca dos 6.000 milhões de euros de proveitos totais, bastando-lhe manter no mês de Dezembro o ritmo de aumento que apresentou nos primeiros onze meses (+28,2%).
Nessa eventualidade, o alojamento turístico português, que nos primeiros onze meses soma 5,73 milhões de euros, que já é um novo máximo anual, somará acima de 6,05 mil milhões de euros.
A subida de rentabilidade tem sido ‘a chave’ da evolução este ano, com o ADR (ou preço médio de alojamento) a subir 5,2% em Novembro face ao mês homólogo de 2022 e a taxa de ocupação dos quartos a subir 1,02 pontos, levando a uma melhoria da RevPAR em 7,6% ou três euros, para 43 euros.
Os dados do INE divulgados ontem apontam, também, para que seja alcançada a estimativa de dormidas em 2023 avançada há dias pelo secretário de Estado do Turismo, tendo em Dezembro o mesmo número de pernoitas de um ano antes (3,72 milhões), o total do ano aproximar-se-á dos 77 milhões, com 76,83 milhões. Ver também: Nuno Fazenda prevê “maior crescimento em 2024” em cima do “melhor ano da história”.
No fim de Novembro de 2023, o alojamento turístico português soma 73,1 milhões de dormidas, com aumento médio em relação ao período homólogo de 2022 em 10,8% ou 7,14 milhões e subida em relação a 2019, pré-pandemia, que era o melhor ano de sempre, em 9,7% ou 6,46 milhões.
Estes aumentos, segundo os dados do INE, decorrem de aumentos do número de clientes em 13,4% ou 3,34 milhões em relação a 2022 e em 10,5% ou 2,68 milhões em relação a 2019.
Em ambos os casos, os aumentos resultaram de subidas a dois dígitos tanto de hóspedes residentes em Portugal, como de hospedes residentes no estrangeiro.
Os residentes no estrangeiro têm aumentos em 19,6% face a 2022 e 11,3% em relação a 2019 e os residentes aumentaram, respectivamente, 13,4% e 19,6%.
Estes aumentos da procura traduziram-se em fortes aumentos de receitas de 28,2% ou 1,26 mil milhões de euros em relação ao período homólogo de 2022 e de 48,4% ou 1,86 mil milhões de euros em relação a 2019.
O aumento do número de dormidas explica parcialmente essa evolução, já que para ela também contribuiu em muito a evolução em alta dos preços das dormidas (ADR) como a evolução dos preços de outros serviços, designadamente da alimentação e bebidas.
Cálculos do PressTUR, a partir dos dados de dormidas e proveitos do INE, indicam um aumento médio em 9% dos proveitos totais do alojamento por dormida face ao período homólogo de 2022 e de 27,5% quando se compara com 2019.
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