As duas maiores regiões turísticas de Portugal, o Algarve e a Grande Lisboa, registaram quebras nas dormidas e aumentos nos proveitos em Maio, de acordo com os dados divulgados esta segunda-feira pelo INE.
Os dados mostram uma quebra de 67,5 mil dormidas (-3,3%) no Algarve, com menos 55,5 mil dormidas de residentes no estrangeiro (-3,1%) e menos 12 mil dormidas de residentes em Portugal (-3,9%).
Apesar das quebras, o Algarve foi a maior região turística do país em Maio, com mais de 2 milhões de dormidas, incluindo 1,714 milhões de dormidas de estrangeiros (85,3% do total) e 295 mil dormidas de portugueses (14,7% do total).
No acumulado do ano, de Janeiro a Maio, o Algarve somou um total de 6,3 milhões de dormidas, o que corresponde a menos 0,7% ou menos 42,1 mil em relação ao período homólogo do ano passado.
As dormidas de estrangeiros no Algarve, nos primeiros cinco meses do ano, baixaram 0,5% ou 27,1 mil em relação ao ano passado, para um total de 5,3 milhões (83,1% do total), enquanto as dormidas de portugueses baixaram 1,4% ou 15 mil, para 1,1 milhões (16,9% do total).
A segunda maior região turística do país, a Grande Lisboa, também registou uma ligeira quebra nas dormidas em Maio, de 0,4% ou 7,1 mil dormidas, provocada pela descida das pernoitas dos residentes no estrangeiro.
O alojamento turístico da Grande Lisboa somou 1,877 milhões de dormidas em Maio, incluindo 1,566 milhões de dormidas de estrangeiros (83,4% do total), menos 1,1% ou menos 17 mil que em Maio do ano passado, e 311,3 mil dormidas de portugueses (16,6% do total), mais 3,3% ou mais 9,9 mil que há um ano.
Nos cinco meses de Janeiro a Maio, com 7,419 milhões de dormidas, a Grande Lisboa supera o Algarve, apesar de registar menos 0,1% ou menos 5,9 mil dormidas que no período homólogo do ano passado.
Os dados do INE mostram que a Grande Lisboa somou 5,996 milhões de dormidas de estrangeiros nos primeiros cinco meses do ano, menos 1,1% ou menos 68,4 mil que há um ano, e 1,423 milhões de dormidas de residentes em Portugal, mais 4,6% ou mais 62,5 mil que no ano passado.
Na Grande Lisboa, até Maio, as dormidas dos não residentes representaram 80,8% do total e as dormidas dos residentes em Portugal representaram 19,2%.
Quebras nas dormidas, aumentos nos proveitos
Apesar das quebras nas dormidas, os proveitos totais dos estabelecimentos de alojamento turístico do Algarve e da Grande Lisboa continuam a crescer.
Em Maio, o alojamento turístico do Algarve facturou 161,4 milhões de euros, o que corresponde a um aumento de 3,6% ou 5,6 milhões de euros em relação a Maio de 2024, enquanto o alojamento turístico da Grande Lisboa facturou 228,4 milhões, mais 4,8% ou mais 10,4 milhões de euros que há um ano.
Nos primeiros cinco meses do ano, os proveitos totais dos estabelecimentos de alojamento turístico do Algarve ascenderam a 430,8 milhões de euros, mais 4,2% ou mais 17,5 milhões de euros que no período homólogo do ano passado.
Na Grande Lisboa, o aumento dos proveitos totais nos primeiros cinco meses do ano foi de 2,6% ou 18,7 milhões de euros, para um total de 737,2 milhões de euros.
O preço médio por quarto ocupado (ADR) subiu 6,2% no Algarve, para 113,4 euros em Maio. No acumulado do ano, o aumento foi de 12,2%, para 91,3 euros. Na Grande Lisboa, o preço médio cresceu 2,3% em Maio, para 174,8 euros. De Janeiro a Maio, a subida foi de 4,6%, para 138,4 euros.
Os dados divulgados pelo INE referem-se a estabelecimentos de alojamento turístico, que incluem hotelaria, alojamento local com 10 ou mais camas e turismo no espaço rural/de habitação.
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