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AHP Mandato 2025-27: Mão-de-obra estrangeira, habitação, e aumento da estada média são os desafios

A Associação da Hotelaria de Portugal, AHP, realizou a cerimónia de tomada de posse de Bernardo Trindade e dos Orgãos Sociais para o mandato de 2025-27, que colocou a mão-de-obra estrangeira, os problemas de habitação e a relação do turismo com os locais, e o aumento da estada média na ordem do dia.

A cerimónia decorreu no Altis Grand Hotel, em Lisboa, com a presença do secretário de Estado do Turismo, Pedro Machado, do presidente da CTP, Francisco Calheiros, de presidentes das Entidades Regionais de Turismo, de associações, e players do sector.

Bernardo Trindade, no seu discurso de tomada de posse apresentou o projecto piloto que tem o objectivo de ter “alguém para cuidar dos nossos associados, ganharmos a confiança de novos associados” na região do Porto e Norte. A associação vai passar de sete representantes regionais para 10 a 11.

Trindade sublinhou que Portugal voltou a ter o melhor ano de sempre no turismo em 2024 e que, com esta sucessão de resultados positivos, os “próximos anos têm de ser anos em que nos temos de nos aproximar dos residentes, das pessoas”.

O presidente da AHP afirmou que “temos de fazer um trabalho de aproximação às diversas entidades, sobretudo perceber se as pessoas não estão bem como resultado da presença de mais gente que carrega sobre a infraestrutura”, sublinhando que “nós temos de ser sensíveis a isto”.

A taxa turística, lançanda num conjunto de muncípios e com probabilidade de crescimento, de acordo com Trindade, “pode ser aproveitada para reduzir este gap entre residentes e turistas”. Os investimentos resultantes de proveitos destas taxas, se forem devidamente assinalados e referenciados, de acordo com Trindade, pode ser uma forma de os cidadãos perceberem a importância e valor da actividade turística.

Bernardo Trindade afirmou que este debate sobre a relação da actividade turística com os locais deve continuar, sendo que a associação enviou uma petição à Assembleia Municipal de Lisboa para que o debate continue, como forma de combater o preconceito e a falta de informação.

Em relação a mão-de-obra, o presidente reforçou a necessidade de recorrer a mão-de-obra estrangeira, sublinhando que os trabalhadores devem adaptar-se à forma de estar e ter acesso a condições de vida e de trabalho. Como exemplo apontou o projeto de formação e integração de migrantes (Turismo de Portugal, AIMA e CTP iniciam programa de formação e integração de migrantes).

E de certa forma juntando os dois problemas acima referidos, a relação dos locais com o turismo e a falta de mão-de-obra, Trindade afirmou que “curiosamente, é nas nossas quatro principais regiões turísticas, Lisboa, Porto, Algarve e a Madeira”, que o problema do alojamento da mão-de-obra estrangeira se sente mais, é “onde é mais premente”, e “portanto, independentemente de sermos mais ou menos liberais, mais ou menos impostos, temos de aumentar a oferta de habitação”.

Foi mais longe, afirmando que sem isso, sem condições de habitação, “todos estes jogos são jogos que nos conduzem a um problema e a um fracasso”.

“A procura está congestionada em Lisboa como todos nós sabemos”, indicou o presidente da AHP, explicando que este congestionamento tem impacto em todas as regiões de turismo, e aponta para a necesidade de “avançar para uma campanha que aumente a estadia média”, que se encontra nos 2,51 dias, e num exercício, sugeriu aumentar esta média em 1 dia, o que resultaria num aumento das dormidas em 35 milhões, de 80 milhões para 115 milhões, e em 1,64 mil milhões de euros no que concerne a proveitos, de 5,5 mil milhões de euros para 7,14 milhões.

Para aumentar a estada média é necessário “apelar ao trabalho conjunto” entre concessionários de aeroportos, companhias aéreas, hotelaria, entidades regionais, Turismo de Portugal, e a TAP Air Portugal. Em relação à TAP, Bernardo Trindade afirmou que as companhias aéreas têm a sua agenda ligada à sua realidade enquanto que a “TAP está ligada a nós”.

Em tom de sumário, Bernardo Trindade apontou os desafios deste mandato, “precisamos de mão de obra estrangeira, de turistas mais tempo em Portugal, da TAP, da associação de hotelaria para fazer uma AHP em todo o país, fazendo isso, fazemos hotéis, sector e Portugal”.

Consulte aqui os Orgãos Sociais da AHP para o mandato de 2025-2027.

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