As agências e operadores são fundamentais para a Iberia, porque criam produtos mais complexos para clientes cada vez mais exigentes, enquanto a web é “um canal frio”, defende o director de Vendas da Iberia para Portugal, Espanha e Norte de África, Antonio Linares.
Antonio Linares falava ao PressTUR em meados de Janeiro, na Fitur, cerca de quatro meses após ter assumido as Vendas da Iberia para o mercado português, espanhol e do Norte de África.
O executivo declarou-se então “ansioso” por trabalhar com as empresas portuguesas, classificando o mercado português como “muito estratégico” para a transportadora.
PressTUR: Há quanto tempo está na Iberia?
Antonio Linares: Estou há 20 anos na Iberia e há cerca de quatro meses assumi a liderança das Vendas de Espanha, Portugal e Norte de África. O meu cargo anterior era ser responsável pelo desenvolvimento da rede de longo curso da Iberia, entre 2015 e 2022. Estou muito feliz. É uma mudança de uma área de estudo de rotas e rentabilidade para um mundo mais amplo e muito mais rico, com grande projecção para a marca Iberia e com gestão do canal indirecto, para que nos possam ajudar a vender mais. Este é um pouco do meu papel actual, com este âmbito geográfico de Espanha, Portugal e Norte de África.
PressTUR: Já foi a Portugal desde que assumiu as Vendas da Iberia no mercado português?
Antonio Linares: Amanhã [dia 19 de Janeiro] tenho um encontro aqui na Fitur com a APAVT, e na próxima semana [23 a 29 de Janeiro] vou a Portugal para visitar algumas agências de viagens. Em Março teremos um evento muito importante, que é a BTL [Bolsa de Turismo de Lisboa]. Estou ansioso. Foram quatro meses muito vertiginosos aqui [em Espanha], e agora estou ansioso por começar a trabalhar com as empresas portuguesas. Portugal é um mercado muito estratégico para nós.
PressTUR: Qual é a importância das agências de viagens e operadores turísticos para o negócio da Iberia?
Antonio Linares: É fundamental. O canal indirecto é muito importante em Portugal. A projecção da web no nosso home market, que é Espanha, tem vindo a ganhar cada vez mais peso em relação ao canal indirecto, mas os diferentes produtos e segmentos que se vendem nos canais indirectos, como a operação turística ou o corporate, são muito relevantes. A web, afinal de contas, é um canal frio onde a pessoa compra um produto por um preço, enquanto o canal indirecto tem a capacidade de discriminar, de separar diferentes produtos e ter um produto muito mais complexo para os clientes, que cada vez são mais exigentes. Creio que é isso que temos que fazer em Portugal: conectar as necessidades da companhia com as necessidades do canal indirecto.
PressTUR: Qual é a percentagem das vendas em Portugal que são feitas através do canal indirecto (agências de viagens, operadores turísticos e outros)?
Antonio Linares: Não podemos fornecer esses detalhes, mas há muito indirecto.
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