As agências de viagens portuguesas atingiram em Março um novo máximo absoluto de vendas de voos num mês, com o montante de 98,9 milhões de euros, mais 11,9 milhões que em Março de 2019, que era o anterior melhor mês de sempre.
Dados do BSP (sigla com origem na denominação em inglês, Billing and Settlement Plan), sistema gerido pela IATA, a que o PressTUR teve acesso mostram que em Março as vendas das agências de viagens IATA portuguesas não só aumentaram 45,3% em relação a Março de 2022, como superaram Março de 2019 em 13,7%.
Os dados permitem calcular que este o aumento em valor decorre em parte da inflação dos preços da aviação, mas também de subida do número de bilhetes vendidos.
Segundo a IATA, em Março o BSP geriu 275.483 transacções, incluindo 647.790 bilhetes, com aumentos em 17,90% do número de transacções e de 35,55% do número de bilhetes.
Para o conjunto do trimestre, os dados a que o PressTUR teve acesso indicam que as vendas ascenderam a 253,7 milhões de euros, que é um novo recorde para este período do ano e que augura uma época alta forte, na medida em que se presume que parte expressiva é antecipação de compras.
Esses dados indicam de facto um aumento das vendas no primeiro trimestre em 65% ou 99,9 milhões em relação aos primeiros três meses de 2022 e em 6,7% ou 15,97 milhões em relação ao trimestre homólogo de 2019, não só último ano pré-pandemia, como, também, o melhor ano de sempre em vendas BSP, com o montante de 964 milhões de euros.
Os dados do BSP evidenciam não só que estavam errados os prognósticos de extinção das agências de viagens, como que não só não desapareceram mas até continuam a crescer no mercado mais competitivo das viagens e turismo, em que disputam vendas com as ‘gigantes’ aéreas, que tudo fazem para atrair os clientes para os seus websites, em especial as low cost como a Ryanair e a easyJet.
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