O Governo, que em finais de Julho tinha garantido que a construção do novo aeroporto de Lisboa seria construído sem verbas do Orçamento do Estado, admitiu hoje que, afinal, poderá ter custos para os contribuintes.
“Procuraremos desenvolver optimizando aquilo que é o interesse público, procurando naturalmente que os encargos para o Orçamento do Estado sejam o mais limitados possível”, afirmou hoje o ministro de Estado e das Finanças, Joaquim Miranda Sarmento, de acordo com a “RTP”.
“Se possível até sem qualquer impacto para os contribuintes, com financiamento totalmente privado”, acrescentou o ministro, que falava esta terça-feira na cerimónia de entrega do relatório inicial sobre o desenvolvimento da capacidade aeroportuária de Lisboa, elaborado pela Vinci Airports / ANA – Aeroportos de Portugal.
“Veremos o que é que o relatório da Vinci e ANA diz sobre esse aspecto”, afirmou ainda Joaquim Miranda Sarmento. O Governo tem 30 dias para analisar o documento.
Em finais de Julho, numa Comissão de Economia, Obras Públicas e Habitação, o ministro das Infra-estruturas, Miguel Pinto Luz, tinha garantido que o novo aeroporto de Lisboa seria “construído sem verbas do Orçamento do Estado”. Clique para ler: Governo garante que novo aeroporto de Lisboa será construído sem dinheiro dos contribuintes.
Na cerimónia de entrega do relatório esta terça-feira, dia 17 de Dezembro, Thierry Ligonnière, CEO da ANA, e José Luís Arnaut, presidente do Conselho de Administração da ANA, questionados pelos jornalistas sobre o custo da construção do novo aeroporto em Alcochete, remeteram respostas para Janeiro. José Luís Arnaut respondeu que “o Governo agora é que tem que analisar os detalhes”.





