O Airports Council International (ACI) Europe informou hoje que os aeroportos europeus somaram 251,5 milhões de passageiros em Agosto, superando o mês homólogo de 2019, pré-pandemia, por 2,5%.
A informação do ACI realça ainda o que considera ser uma “mudança estrutural” e que decorre de o crescimento verificado ter assentado apenas em voos internacionais, com um aumento em 7,1%.
O director-geral do ACI-Europe, Olivier Jankovec, salientou a relevância dessa marca, que apelida de feito considerável tendo em conta que alcançada numa conjuntura com factores adversos desde a escala de tensões geopolíticas, aumentos das tarifas aéreas, estrangulamentos nos fornecimentos e pressões crónicas na gestão de tráfego aéreo.
A informação do ACI destaca o desempenho no eixo Sul – Este, com crescimentos a dois dígitos face aos períodos homólogos pré-pandemia, como na Polónia, com +25,5%, Luxemburgo, com +25,4%, Islândia, com +21,1%, Malta, com +19,4%, Grécia, com +18,7%, Portugal, com +14,3%, Itália, com +14,2%, Croácia, com +13,1%, e Chipre, com +11%.
O reverso da medalha, assinalado pelo ACI, resulta do impacto da guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que diz estar a penalizar o tráfego aéreo nomeadamente na Finlândia, com quebra em 27,4%, Eslovénia, em 21,5%, Suécia, em 21,2%, Bulgária, em 20,1%, Alemanha, em 13,4%, e Letónia, em 11,1%.
O ACI assinalou também a queda de tráfego aéreo nos países não membros da União Europeia, com decréscimo em 1,5% em Agosto, primeira quebra mensal desde o início da recuperação do impacto da pandemia de covid-19 e que considera ter sido provocada principalmente pela quebra do tráfego doméstico.
O tráfego aéreo praticamente não existe nos aeroportos da Ucrânia há cerca de 30 meses, na Rússia decresceu 12,9% e em Israel baixou 43,5%, ficando bem abaixo dos níveis pré-pandemia.
Outros mercados não UE, porém, têm mantido crescimentos explosivos face aos níveis pré-pandemia, como sejam os casos da Albânia, com +192,9%, Uzbequistão, com +174%, Arménia, com +66,8%, Cazaquistão, com +54%, Geórgia, com +49,8%, Kosovo, com +48,2%, e Moldova, com +38%.
Para o ACI, estes “desempenhos impressionantes reflectem tanto o dinamismo intrínseco destes mercados nacionais como o crescimento abrupto da propensão para voar em resultado do desvio da procura da Rússia dos mercados UE.
Sobre os aeroportos Majors, designadamente Londres Heathrow e Istambul, o ACI diz que o desempenho modesto de Istambul reflecte o impacto da manutenção que parou voos da Turkish.
Para ver mais clique: Lisboa teve o 4º crescimento mais forte dos mega aeroportos europeus no 2º trimestre
Consulte aqui a página do ACI Europe.
