O Aeroporto de Porto Alegre, encerrado há 170 dias devido à catástrofe ambiental que afectou o Rio Grande do Sul, reabriu e recebeu o seu primeiro voo comercial desde 3 de Maio.
Encerrado há 170 dias, o Aeroporto de Porto Alegre reabriu 17 dias antes da Feira Internacional de Turismo de Gramado, certame anual dedicado ao turismo. Hoje, 21 de Outubro, o aeroporto retomou actividade com o primeiro voo comercial desde o encerramento.
“É um momento marcante para todos nós” indicou, citado em comunicado, o CEO da Festuris, Eduardo Zorzanello, acrescentando que “o Rio Grande do Sul sabe o quanto fez falta o aeroporto”.
Este aeroporto é responsável por cerca de 90% do tráfego aéreo no Estado brasileiro de Rio Grande do Sul.
O Aeroporto de Porto Alegre foi encerrado a 3 de Maio devido à catástofre ambiental com cheias que afectaram mais de dois milhões de pessoas naquele Estado e que resultaram na morte de cerca de 200 pessoas.
A Fraport, empresa alemã responsável pela gestão do aeroporto, indicou que vão receber 71 aterragens e descolagens hoje, atendendo cerca de 9.000 passageiros, e a partir de 28 de Outubro vão ser cerca de 98 voos, com uma estimativa de 15.000 passageiros, enquanto que a partir de 4 de Novembro, serão 122 movimentos de aeronaves, que atendem a uma estimativa de 16.000 passageiros.
A pista, que apenas tem disponível 1.730 metros dos seus 3.200, funciona entre as 8h e as 22h e tem capacidade para 181 voos, 70% da capacidade total do aeroporto, sendo que a capacidade total está prevista para 16 de Dezembro.
O aeroporto tem seis mangas a funcionar e o check-in, a entrega de bagagens e os processos de embarque e desembarque voltaram a ser feitos nas suas instalações.
A partir de Dezembro, a Copa Airlines vai voltar a operar a ligação com a Cidade do Panamá, enquanto que, em Janeiro, a Aerolineas Argentinas vai voltar a voar para Buenos Aires, a LATAM para Lima e para Santiago.
As obras no aeroporto vão ser financiadas pelo Estado brasileiro, que vai alocar cerca de 68,8 milhões de euros, de forma parcelada, consoante sejam comprovadas e justificadas a necessidade dos gastos no projecto de recuperação desta instalação gerida por uma empresa privada.
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