A Solférias e os operadores turísticos dos grupos Ávoris e W2M foram, em 2025, os líderes de vendas de pacotes turísticos no Grupo GEA Portugal, que soma 545 agências de viagens, com 659 balcões.
Em conferência de imprensa no Funchal, o coordenador de Contratação e Produto, Paulo Lages, revelou que as vendas de produto de operadores turísticos, centrais de reservas e companhias de cruzeiros realizadas pelas agências GEA estão com um crescimento de 15,7% em relação ao ano passado.
Este aumento de vendas inclui o contributo da entrada de novas agências na GEA, que soma mais 68 empresas e mais 75 balcões que no final de 2024.
Paulo Lages destacou que a venda de cruzeiros é “cada vez mais relevante para os agentes de viagens”, com um crescimento de 21,4% em relação ao ano passado, e com a MSC Cruzeiros “destacadíssima” na liderança entre os fornecedores deste segmento.
Nas centrais de reservas, o executivo indicou apenas que todos os fornecedores registaram crescimentos em relação ao ano passado.
Entre estas três categorias de fornecedores (operadores turísticos, centrais de reservas e cruzeiros), os operadores turísticos representam a maior fatia do negócio das agências GEA, com cerca de 60% do total das vendas. No entanto, quando se incluem as vendas de voos, o peso da operação turística desce para cerca de 40%, de acordo com o administrador, Carlos Baptista.
Vendas de voos a crescer “acima do mercado”
De Janeiro a Setembro, a venda de voos pelas agências do Grupo GEA está com um aumento de 13,2% em relação ao ano passado, um crescimento “acima do mercado”, destacou Ricardo Correia, director de Produto Próprio da TravelGEA, a plataforma de reservas para as agências GEA Portugal.
Dados a que o PressTUR teve acesso mostram que, no total do mercado, as vendas de voos pelas agências de viagens IATA portuguesas alcançaram os 804,6 milhões de euros nos primeiros nove meses do ano, o que corresponde a um aumento de 3,4% ou 26,1 milhões de euros em relação período homólogo de 2024. Clique para ler: Vendas de voos pelas agências de viagens portuguesas aceleram em Setembro – BSP.
Os crescimentos na venda de voos e nas centrais de reservas de hotelaria e serviços, bem como a expansão da plataforma de hotelaria da TravelGEA, que integra 11 fornecedores, revelam aumento da venda de produto próprio.
“Cada vez mais agências têm necessidade de fazer viagens à medida”, um produto mais exigente, mas com maior rentabilidade, sublinhou Paulo Lages, anunciando que está a apoiar este objectivo através da assinatura de mais acordos com DMCs (Destination Management Companies), fornecedores de serviços nos destinos.
Um dos maiores objectivos do grupo é aumentar a rentabilidade das agências de viagens, entre outras formas, através de melhor negociação com fornecedores, permitindo melhores remunerações (rappel), que “tem crescido todos os anos”, de acordo com o executivo.
Nos últimos dois anos foram mais de 3 milhões de euros em rappel, contabilizando as remunerações dos fornecedores MundiGEA, que são as empresas com as quais o grupo tem condições mais vantajosas, dos GDS, das companhias aéreas e de outros parceiros.
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