A Solférias quer continuar a lançar novos destinos para marcar a diferença, tendo já garantida uma nova operação charter do Porto no Verão de 2026. A receita para o sucesso está na diferenciação e na contratação, garante Sónia Regateiro.
Em entrevista ao PressTUR, a Chief Operating Officer do operador turístico anunciou que já está garantida uma nova operação charter de médio curso do Porto no Verão de 2026. No entanto, só será revelada aos agentes de viagens nos seus eventos em Lisboa, no dia 23 de Setembro, e no Porto, no dia 25 de Setembro.
PressTUR: O sucesso da Costa Norte mostra que o mercado precisava de produtos novos?
Sónia Regateiro: Acho que as pessoas estão sempre sedentas de coisas novas, mas é difícil criar e descobrir coisas novas. O que nós tentamos fazer é descobrir estes destinos novos em que seja possível facilitar o seu acesso. A Costa Norte era um destino que já existia, já estava no mercado, os italianos já vão para lá há imensos anos. O que fazemos é identificar um destino que conjugue com a procura nacional, com o que os portugueses gostam, e depois facilitamos o seu acesso através do fretamento de aviões. Acabamos por ser um facilitador de novas descobertas.
PressTUR: Continuam à procura de destinos novos?
Sónia Regateiro: Estamos sempre à procura de novos destinos. Muitas vezes até são destinos que já trabalhamos em voos regulares, como foi o caso de Zanzibar. Já trabalhávamos com voos regulares e decidimos fazer uma aposta de dois anos com um voo charter, para facilitar o acesso dos portugueses ao destino. Funcionou muito bem no primeiro ano. No segundo ano já não funcionou tão bem, porque tivemos outros operadores a fazer igual e a seguir a tendência da Solférias. A abertura e a concorrência que temos à partida de Madrid já impacta muito as nossas operações. Por vezes, o sucesso das operações decorre muito do primeiro ano e da negociação com alguma hotelaria. É o caso do Senegal, que continua a ser um destino de sucesso para a Solférias, porque temos uma operação dedicada e exclusiva com o RIU Baobab para o mercado nacional.
PressTUR: Estão sempre à procura da agulha no palheiro…
Sónia Regateiro: Exactamente. Estamos sempre à procura de onde podemos criar diferenciação. A diferença na apresentação do produto é o que pode levar ao sucesso do mesmo. Sabemos que há destinos que são válidos e têm sucesso no primeiro ano. Há outros que podem continuar pelas questões da negociação. E há outros que não continuam a ter sucesso pelo surgimento de outros operadores a operarem esse mesmo destino, nas mesmas condições. O mercado em Portugal é muito pequeno, não dá para tudo. E, pior do que isso, é que nós já estamos integrados no mercado ibérico. Para um passageiro do Porto apanhar um voo em Lisboa ou em Madrid é igual. Ou seja, acabamos por ter não só a concorrência dos operadores que operam em Portugal, mas também dos voos charter que partem de Madrid. Isso também nos dificulta a vida.
PressTUR: O Senegal é para continuar no próximo ano?
Sónia Regateiro: Sim. Será igual, com voo do Porto. Este ano não conseguimos viabilizar os slots do charter de Lisboa, porque a Smartwings tinha saído de Portugal. Então contratámos 120 lugares em firme todas as semanas à TAP para manter a operação de Lisboa.
PressTUR: Continuam a encher os aviões para o Senegal?
Sónia Regateiro: O Senegal está com taxas de ocupação 94%, está muito bem.
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