Com a privatização da TAP em curso, a maior preocupação da Solférias com a entrada de novos accionistas, além da manutenção do hub em Lisboa, é a continuidade das políticas comerciais e de negociação com a operação turística.
O operador turístico tem “um volume gigante” de facturação com a TAP, numa relação comercial que a Chief Operating Officer da Solférias garante ser vantajosa para ambas as partes.
Com os operadores turísticos a assumir o risco de alguns lugares, a TAP pode aumentar tarifas nos restantes e rentabilizar as suas operações, indicou Sónia Regateiro em entrevista ao PressTUR.
PressTUR: A aprovação do caderno de encargos abriu o caminho para a privatização da TAP. O que esperam deste negócio?
Sónia Regateiro: Na minha opinião pessoal, sem falar em nome da empresa, não gostaria de ver a TAP 100% privatizada. Era fundamental que o Estado português mantivesse parte das acções de forma a criar algum vínculo com a companhia aérea. Para mim, a solução ideal seria 49% do Estado e 51% dos privados. A privatização da TAP é uma necessidade para o seu próprio crescimento, para o investimento em novos aviões. A TAP pode ir muito mais longe.
PressTUR: O que é que o maior operador turístico português considera que tem que ser assegurado pelos novos accionistas da TAP?
Sónia Regateiro: Não queremos perder o hub em Lisboa, de todo. Isso às vezes assusta, dependendo do investidor que venha. E preocupa-me o diálogo e a política comercial que vão existir com os futuros accionistas da TAP para com a operação turística em Portugal. Como é que eles vêem a operação turística, se vão continuar a apostar em nós e a contar connosco para crescermos juntos. É uma preocupação que temos, porque a Solférias tem um volume gigante de faturação com a TAP. Somos o operador número 1 de vendas com a TAP, por isso a nossa preocupação é enorme. Acima de tudo, queremos perceber quem vem e quais vão ser as políticas comerciais e de negociação com a operação turística.
PressTUR: As políticas comerciais actuais são favoráveis?
Sónia Regateiro: A política que a TAP tem levado hoje em dia é vencedora e está aos olhos de toda a gente. Eles conseguem equilibrar a venda directa com uma parte de responsabilização da operação turística, que lhes liberta algum risco nos aviões. Ao assumirmos o risco desses lugares que compramos, permitimos à TAP rentabilizar e aumentar as tarifas de cada aeronave e de cada rota.
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