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Ryanair ameaça cortar mais voos em Espanha para pressionar o Governo a baixar as taxas

A Ryanair, que reduziu 800 mil lugares à sua oferta em Espanha este Verão, ameaçou cortar mais operações nos aeroportos espanhóis de pequena e média dimensão no próximo Inverno e no Verão de 2025, para pressionar o Governo espanhol a reduzir as taxas.

O CEO da Ryanair, Eddie Wilson, em entrevista ao “El Economista”, defendeu que “as regiões precisam de tarifas baixas para estimular o crescimento, e estas devem ser acompanhadas de custos baixos, porque, caso contrário, a fórmula não funciona”.

“Cortámos 800.000 lugares este Verão porque tínhamos melhores opções para alocar essa capacidade noutras partes da Europa. E haverá mais cortes no Inverno de 2025, e ainda mais no Verão de 2026, porque não faz sentido continuar a investir em operações deficitárias”, sublinhou o CEO da Ryanair.

A estratégia da low cost “é transferir o tráfego para onde os custos de acesso estão a cair, e não a aumentar, pelo que continuaremos a fazê-lo gradualmente”, indicou Eddie Wilson.

A Ryanair encerrou as suas operações em Jerez e Valladolid e reduziu operações à saída de Santiago de Compostela, Astúrias, Cantábria e Saragoça. Por outro lado, de acordo com o “El Economista”, a low cost aumentou a sua oferta em 1,5 milhões de lugares em grandes aeroportos como Madrid, Málaga e Alicante.

O CEO da Ryanair diz que não conseguiu falar com a AENA, gestora aeroportuária, nem com o Governo espanhol. Eddie Wilson afirmou ao jornal espanhol que “eles não estão interessados” e “tudo o que fazem é anunciar planos de incentivo que não estão a funcionar”.

O executivo defende que os aeroportos regionais em Espanha estão subutilizados e isso é um problema que precisa de ser resolvido. Para Eddie Wilson, a questão não é resolvida porque a AENA é “um monopólio” a “tentar manter o controlo sem ter de mudar nada”.

O CEO da Ryanair reconhece que a alteração das taxas em Espanha é regulada por lei, mas defende que “o Governo pode intervir e mudar”.

O “El Economista” recorda que, na semana passada, o presidente da AENA, Maurici Lucena, afirmou que a alteração das taxas aeroportuárias “por um capricho da AENA ou por pressão indevida de uma companhia aérea seria uma grave ilegalidade”.

Sobre a utilização dos aeroportos de pequena e média dimensão, o presidente da AENA defende o modelo de gestão aeroportuária existente, argumentando que o mesmo é estabelecido pelo actual quadro regulatório, o que a Ryanair contesta, solicitando que vários aeroportos sejam transferidos para administrações locais ou regionais.

Maurici Lucena, de acordo com “El Economista”, afirmou que “o modelo de rede, precisamente pela sua potência, permite que os aeroportos deficitários se mantenham abertos em condições óptimas, sem atrair os contribuintes espanhóis”.

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