O Amadeus indicou que a quebra do número de reservas aéreas de agências de viagens no primeiro trimestre foi parcialmente compensada por um ganho de quota de mercado e um aumento da receita média por reserva, que indica que subiu para 5,58 euros, mais 14,6% que um ano antes.
A tecnológica informou que as suas receitas com o processamento de reservas aéreas de agências de viagens elevaram-se a 678,9 milhões de euros, mais 52,2% que um ano antes, atribuindo o aumento a ganho de quota de mercado e subida da receita média por reserva que atribuiu a menor peso das ‘reservas locais’, para voos domésticos, de menor preço, e “efeitos de pricing”, de que especifica apenas a inflação e “ajustamentos anuais”.
E fenómeno semelhante ocorreu com o seu negócio de gestão de passageiros aéreos, com o Altéa, de que um dos clientes é a TAP, que no trimestre elevaram-se a 409,5 milhões, +55,1% que no ano passado, ficando, no entanto, ainda 6,1 abaixo de 2019, pré-pandemia.
O Amadeus atribui esse aumento de passageiros embarcados com o Altéa principalmente à ‘entrada’ de novos clientes, entre os quais cita a Etihad Airways e a ITA Airways, já este ano, e a Air India, ainda em 2022.
O Amadeus alerta que antecipa um abrandamento das suas taxas de crescimento pela diluição dos efeitos penalizadores de 2022.
Em receita o negócio do processamento de passageiros aéreos rendeu 424,9 milhões de euros ao Amadeus, com aumento em 35,7% em relação ao ano passado, apesar de um decréscimo em 12,5% da receita média por passageiro embarcado, para 1,04 euros.
O Amadeus concluiu assim o primeiro trimestre deste ano com 1.311,3 milhões de euros de proveitos operacionais, que representam aumento de 43% num ano, mas ainda ficam 6,7% abaixo do período homólogo de 2019, e resultados antes de juros, impostos, amortizações e provisões (EBITDA) de 509,8 milhões, +72,3% que um ano antes, mas ainda aquém dos 595,6 milhões do 1º trimestre de 2019.
O resultado operacional foi de 354,4 milhões, em alta de 155,4% em relação a 2022, em que o primeiro trimestre ainda teve impactos fortes da pandemia de covid-19, mas aquém dos 426,6 milhões do primeiro trimestre de 2019, pré-pandemia.
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