Lisboa, com crescimento do número de passageiros em 18,8% em relação a Fevereiro de 2019, pré-pandemia, teve o melhor desempenho dos maiores aeroportos europeus no mês de Fevereiro, e subiu a 10º maior aeroporto da Europa, indicou o Airports Council International (ACI), que incluiu mais dois aeroportos portugueses nos seus tops do mês.
São os casos do Porto, classificado com o segundo melhor desempenho dos aeroportos que anualmente têm entre dez milhões e 25 milhões de passageiros, que denomina de Grupo 2, com aumento de passageiros em 15,4% face a Fevereiro de 2019, e do Funchal que, com aumento em 42%, teve o 4º melhor desempenho do Grupo 4, dos que têm até cinco milhões de passageiros por ano.
O ACI Europe indicou que os aeroportos portugueses tiveram, em Fevereiro, um aumento de passageiros em 18,9% face ao mês homólogo de 2019, que compara com um decréscimo médio de 11% dos aeroportos europeus.
As quebras mais fortes, de acordo com os dados do ACI, ocorreram na Eslováquia, em 46,7%, na Eslovénia, em 38,5%, na Alemanha, em 33%, República Checa, em 29,9%, na Suécia, em 28,3%, e na Finlândia, em 26%.
Os aumentos mais fortes, por sua vez, foram nos aeroportos do Uzbequistão, em 116,6%, da Albânia, em 93,7%, do Kosovo, em 39,6%, Sérvia, em 24,4%, e Portugal, em 18,9%.
O ACI realça, no entanto, os desempenhos nos maiores mercados aéreos europeus, com destaque para Espanha, com aumento em 2,2%, e as quedas ‘limitadas’ em França (-7,3%), Itália (-10,6%) e Reino Unido (-12,9%), designadamente quando comparadas com o decréscimo em 33% na Alemanha.
A análise do ACI Europe é que o tráfego está a ser impulsionado pela procura de lazer, designadamente em rotas inter-europeias e intercontinentais, de que são exemplos Lisboa (+18,8% que pré-pandemia), Telavive (+13,6%), Dublin (+2,4%), Atenas (+2,2%) e Palma de Maiorca (+1,1%).
O ACI assinalou também os crescimentos em aeroportos que são bases de ultra-low costs, como Beauvais, com +33,3%, Charleroi, com +17,9%, e Bergamo, com +17,6%.
O ACI indicou ainda que a evolução média face a Fevereiro de 2019, com decréscimo do número de passageiros em 12%, ocorreu com quedas em 12,7% nos aeroportos do Grupo1 (os maiores do continente, com mais de 25 milhões de passageiros por ano), em 8,8% no Grupo 2, em 8,7% no Grupo 3 e em 6,7% no Grupo 4.
