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Fortalecer hub de Madrid é objectivo declarado do IAG para a compra da Air Europa

O fortalecimento do hub de Madrid é declaradamente o objectivo do IAG com a compra da Air Europa ao grupo Globalia, como o expressa na sua comunicação pública, o que passa designadamente por superar Lisboa nas ligações com o mercado brasileiro que assentam principalmente na TAP.

“Este acordo possibilitará ao hub do IAG em Madrid competir em pé de igualdade com outros hub europeus e consolidar a sua posição no Atlântico Sul”, diz uma declaração do CEO do grupo, o espanhol Luis Gallego, quando se sabe que a Iberia é a líder indiscutível nas ligações entre a Europa e a América Central e do Sul, à excepção do Brasil.

Os dados mais recentes da autoridade da aviação civil brasileira mostram que Iberia e Air Europa ficaram muito longe da TAP em número de passageiros transportados de/para o Brasil, tendo somado 417 mil passageiros, com 212 mil pela Air Europa e 205 mil pela Iberia, enquanto a TAP sozinha transportou 1,59 milhões.

Naturalmente o fortalecimento do hub de Madrid não passa apenas pelas ligações com o Brasil, mas passa muito pelo Brasil, ou não seja o Brasil o maior mercado do “Atlântico Sul” especificado por Luis Gallego.

A informação do IAG assinala que a Air Europa somou 13,1 milhões de passageiros em 2019, pré-pandemia, embora no ano passado tenha ficado pelos dez milhões.

O negócio, que já está em curso há quatro anos ainda tem 18 meses pela frente para obter ‘luz verde’ das autoridades da concorrência, o que não parece complicado numa causa do interesse de um grande país da União Europeia, sobretudo depois de tudo o que já foi permitido em Itália.

A informação do IAG revela que a Air Europa teve em 2019, pré-pandemia, um lucro operacional de 71 milhões de euros em 2,1 mil milhões de euros de receitas, a que se seguiu um prejuízo operacional de 460 milhões de euros em receitas de 756 milhões em 2020, e que em 2021 as receitas foram de 928 milhões e o prejuízo operacional foi de 287 milhões.

A comunicação também elenca os empréstimos contraídos pela Air Europa, designadamente 141 milhões de euros do Instituto de Crédito Oficial (ICO), de que em 31 de Dezembro estavam em aberto 132,5 milhões, mais 475 milhões junto da SEPI em 11 de Novembro de 2020 e os cem milhões emprestados pelo IAG em 17 de Março de 2022.

Na mesma ocasião o IAG também esclareceu que a tranche de cem milhões em acções o grupo previsto no primeiro pagamento de 200 milhões equivale a 54.064.575 títulos, ao preço médio de 1,8496 euros na Bolsa de Madrid nas cinco sessões antes do acordo, que tem data de ontem, 23 de Fevereiro de 2023.

 

Para ler mais clique:

IAG assina acordo para fechar a compra da Air Europa por 500 milhões

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