A Comissão Europeia vai recomendar o uso de máscaras por passageiros em voos procedentes da China e está a avaliar a imposição de testes à covid-19 a estes viajantes, uma medida sobre a qual “a maioria dos países está a favor”.
Citado pela agência Lusa, o porta-voz da Comissão Europeia Tim McPhie afirmou que a Comissão “preparou um esboço” que “está agora a ser refinado com base nas conversações com os Estados-membros” e que será “publicado em breve”.
O “esboço” inclui “a recomendação de máscara em voos provenientes da China, a monitorização da água” utilizada nas aeronaves e o aumento da “vigilância na testagem e vacinação” da população europeia, segundo a notícia da Lusa citada na imprensa portuguesa.
O porta-voz da Comissão acrescentou que foi proposta uma “discussão sobre a necessidade de testar [passageiros] antes da partida” de um voo para o território europeu, medida sobre a qual “a maioria dos países está a favor”.
“A Comissão Europeia está a fazer o seu papel a facilitar estas discussões” no sentido de haver uma “reposta coordenada da União Europeia”, sustentou Tim McPhie, apesar de já vários países terem anunciado restrições unilateralmente (clique para ler: Espanha, Itália, França e Reino Unido impõem restrições a viajantes procedentes da China).
A Lusa acrescenta que o tema foi discutido numa reunião do Grupo de Resposta Política Integrada a Crises (IPCR), em que participam representantes das instituições europeias, dos Estados-membros e especialistas, que decorreu na terça-feira e que vai prosseguir durante a tarde de hoje.
Em Portugal, o ministro da Saúde, Manuel Pizarro, afirmou ontem que está a preparar uma medida para impor a realização de testes à covid-19 aos viajantes procedentes da China, na sequência do aumento de casos no país asiático (clique para ler: Portugal prepara imposição de testes à covid-19 para quem chegar da China).
Restrições são “injustificadas”, mas “compreensíveis”
O Centro Europeu de Prevenção e Controlo de Doenças declarou no final do ano passado que a aplicação de restrições a viajantes procedentes da China seria “injustificada”, dado que as variantes da covid-19 que circulam na China já circulam na UE e as potenciais infecções importadas do país asiático são “bastante baixas” em comparação com o número de infecções que já ocorrem na UE.
A Organização Mundial de Saúde (OMS), contudo, considerou “compreensível” a adopção de restrições a viajantes procedentes da China.
“Na ausência de informações abrangentes da China, é compreensível que países em todo o mundo estejam a adoptar medidas que acreditam poder proteger as suas populações”, escreveu no Twitter o director-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.
Ver também: Restrições a viajantes da China são injustificadas, mas compreensíveis






