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Hotelaria portuguesa destaca importância da aposta nos EUA para compensar eventuais quebras

A Associação da Hotelaria de Portugal (AHP) alerta para um eventual abrandamento do mercado português e receia comportamentos semelhantes da Alemanha e Países Baixos, um cenário que evidencia a importância da aposta nos Estados Unidos, segundo a vice-presidente executiva da Associação.

“Nós temos mercados emissores que são particularmente sensíveis ao clima económico, como a Alemanha e os Países Baixos”, que abrandam no consumo quando existem sinais macroeconómicos adversos, começou por destacar Cristina Siza Vieira, numa conferência de imprensa hoje em Lisboa.

“O abrandamento nestes mercados tem impacto no mercado português”, razão pela qual “o nosso posicionamento de good value for money nestes mercados é fundamental”, defendeu a vice-presidente executiva da AHP.

Apesar de reduzirem o consumo quando existem previsões económicas desfavoráveis, Cristina Siza Vieira defende que é necessário “continuar a apostar fortemente no mercado alemão”, que é “muito interessante em termos de receitas” e “tem muito por onde crescer”.

Sobre o mercado português, a executiva destacou que os residentes em Portugal cresceram na hotelaria durante a pandemia e, embora seja “natural que continue a procurar Portugal”, o mercado interno “pode ressentir-se de um abrandamento económico, do aumento das taxas de juro, e de ter que alocar parte da sua poupança, que tinha crescido na pandemia, noutros esforços”.

“Há uma expectativa de abrandamento do mercado nacional” e poderá ser compensada pelo mercado norte-americano, mas, ressalva Cristina Siza Vieira, “a distribuição por mercados emissores internacionais está dependente do clima económico e do clima geopolítico”.

Sobre a aposta nos Estados Unidos, a executiva destaca o seu peso nas receitas, mas alerta para o nível de exigência. O turista norte-americano “paga muito por experiências, mas também é um mercado muito exigente” e representa “um posicionamento diferente da nossa indústria”.

Quem paga muito, espera serviço, “o que provoca pressão sobre os trabalhadores”, frisou Cristina Siza Vieira, numa altura em que um dos maiores desafios do sector é a contratação e manutenção de recursos humanos.

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