A TAP cancelou 360 voos marcados para os dias da greve dos tripulantes de cabina, 8 e 9 de Dezembro, o que, segundo a companhia, “terá um grande custo”, mas “é a decisão certa para proteger os nossos passageiros”.
O cancelamento dos 360 voos afecta 50 mil passageiros e provoca uma perda de 8 milhões de euros em receitas, segundo declarações da CEO da TAP, Christine Ourmières-Widener, citadas na imprensa portuguesa.
Em comunicado, a companhia aérea diz que já recebeu o aviso de greve do SNPVAC para 8 e 9 de Dezembro e defende que o cancelamento dos voos “é a única solução que permite mitigar os inconvenientes causados” aos passageiros.
E justifica essa decisão dizendo que “a definição de serviços mínimos pode ser feita até três dias antes do início da greve e o SNPVAC recusou-se a antecipar a consulta aos seus membros, que só está programada para 6 de Dezembro, apenas dois dias antes do início da greve, e é a única forma de a cancelar”.
A TAP diz que um dos argumentos do SNPVAC para não antecipar a Assembleia Geral e consultar os seus membros sobre as propostas apresentadas pela companhia é que o sindicato acusa a TAP de apresentar “uma proposta alegadamente desfavorável do AE”.
A companhia aérea considera o argumento “infundado” e diz que “está a seguir o mesmo procedimento neste caso que seguiu com todos os sindicatos da empresa”.
“Tendo em conta que a última revisão completa do Acordo de Empresa para PNC teve lugar em 2006 e tem de ser atualizado, a TAP submeteu uma nova proposta de negociação ao SNPVAC”, que, acrescenta, “é apenas uma proposta básica para efeitos de negociação”.
A TAP sublinha no comunicado que o acordo de emergência com o SNPVAC “não pode ser alterado alguns meses após ter sido assinado por ambas as partes, porque isso comprometeria o cumprimento do Plano de Reestruturação”.
A companhia aérea garante que contactará todos os passageiros afectados por estes cancelamentos, “propondo voos alternativos, em datas diferentes, ou outras soluções que sejam aceites pelo cliente”.
A TAP acrescenta que “continua disponível para negociar com todas as estruturas representativas dos trabalhadores, com sentido de responsabilidade”.
“Este é apenas o início de um longo processo que é fundamental para assegurar a viabilidade da TAP”, acrescenta a companhia, enfatizando que “a empresa não terá novas oportunidades para se tornar sustentável”.