O ano de 2023 foi para a TAP um período de resultado líquido recorde, o mais elevado de sempre, no valor de 177,3 milhões de euros, apesar do último trimestre ter sido ‘negro’, com um prejuízo de 26,2 milhões, em quebra de 182,6 milhões em relação ao período homólogo do ano anterior.
A informação foi divulgada hoje pela companhia de aviação, cujos dados mostram que o 4º trimestre do ano passado foi de ‘aterragem’ das receitas de passagens pela quebra da receita unitária (PRASK ou proveitos por unidade de transporte) em 5,7%, por quebra da taxa de ocupação dos voos em 3,9 pontos, para 77,6%, e presumivelmente uma ligeira queda do Yield (preço por quilómetro voado).
Acresce que além do ‘magro’ crescimento em 5% das receitas de passagens no 4º trimestre face a um aumento de capacidade em 10,2%, também as receitas de manutenção e de transporte de carga caíram, respectivamente em 11,5 milhões de euros e em 19,4 milhões, no primeiro caso por “problemas das cadeias de abastecimento” e no segundo por “normalização das yields de carga”.
Do lado dos custos, os dados da companhia mostram um agravamento em 12,1%, ainda que com uma ajuda do preço do combustível, que baixou 9,2%, principalmente pelo agravamento dos custos com pessoal (+121%) e Custos Operacionais de Tráfego (+44%), levando a um resultado operacional (EBIT) negativo em 27,2 milhões de euros.
Ainda assim, no ano, a TAP teve um lucro operacional de 346,7 milhões de euros, em alta face a 2022 em 29,3%, e um lucro líquido de 177,3 milhões de euros, +170,2% que no ano anterior.
No conjunto do ano, em que a TAP transportou 15,85 milhões de passageiros, +15,2% ou mais 2,09 milhões que em 2022, os proveitos da companhia subiram 20,9%, para 4,2 mil milhões de euros, com as receitas de passagens em alta de 25,4%, para 3,85 mil milhões de euros.
Os custos operacionais, por sua vez, aumentaram 20,2%, para 3,86 mil milhões de euros, sobressaindo os combustíveis, com 1.114,8 milhões (+1,7% que em 2022), custos operacionais de tráfego, com 906,5 milhões (+29,7%), e custos com pessoal, com 722,6 milhões (+73,4%).
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