O Banco de Portugal informou hoje que Portugal obteve em 2023 o montante de 25,14 mil milhões de euros, com aumento em 18,9% ou praticamente 4.000 milhões em um ano.
A informação reflecte os gastos em Portugal realizados por turistas não residentes, que alguns meios confundem com receitas do alojamento turístico, as quais são apenas uma parcela das receitas turísticas e nem sequer a maior (em 2019, último ano pré-pandemia, segundo a Conta Satélite do Turismo publicada pelo INE, a maior ‘fatia’ de gastos dos não residentes foi a restauração e bebidas, com 26,9% do total, seguindo-se o alojamento, com 26%, e o transporte de passageiros, com 21,14%).
A informação divulgada hoje pelo Banco de Portugal indica que Portugal termina 2023 com o recorde para o mês de Dezembro de 1.425,73 milhões de euros, +13,2% ou mais 165,92 milhões de euros que no mês homólogo de 2022 e +34,4% ou mais 365,02 milhões que em Dezembro de 2019, pré-pandemia de covid-19.
Os dados mostram que, como habitualmente, Agosto foi o melhor mês, com os gastos de turistas não residentes a somarem 3.923,81 milhões de euros, mas o maior aumento em relação a 2022 foi no mês de Janeiro, em 520,06 milhões, reflectindo o impacto que a pandemia ainda tinha nos primeiros meses de 2022, e o maior aumento em relação a 2019 foi em Agosto, com uma subida de 940,83 milhões de euros (+31,5%).
A informação mostra que no ano passado os aumentos de gastos em Portugal por turistas não residentes relativamente a 2022 oscilaram entre 9,2% em Julho e 69,4% em Janeiro.
Em valor absoluto, esses aumentos foram entre 139,60 milhões, em Novembro, e 433,34 milhões em Março.
Relativamente a 2019, pré-pandemia, as variações foram entre 31,5% em Agosto e 48,1% em Fevereiro e entre 347,26 milhões de euros em Janeiro e 940,83 milhões em Agosto.