O secretário-geral do Partido Socialista (PS) e candidato a primeiro-ministro, Pedro Nuno Santos, destacou a centralidade do turismo na economia portuguesa, mas deixou sem resposta a pretensão da Confederação do Turismo de Portugal (CTP), que quer um lugar para o turismo no Conselho de Ministros do próximo Governo.
Num almoço organizado pela CTP hoje em Lisboa, o presidente desta organização, Francisco Calheiros, defendeu que “o turismo deve estar sentado no Conselho de Ministros para poder resolver os problemas do sector com os seus pares”, dado que “é um sector muito transversal”.
Pedro Nuno Santos, o convidado deste almoço com empresários do turismo, afirmou que “este não é o sítio certo para fazer a composição do Governo” que formará se for eleito a 10 de Março.
“O que posso dizer é que o turismo tem uma centralidade na economia portuguesa (…) que não dá para ser ignorada”, frisou o candidato a primeiro-ministro.
“Estamos a falar de uma economia que depende em grande parte do sector do turismo”, que representa 16% do PIB, enfatizou o secretário-geral do PS.
Pedro Nuno Santos também destacou que o turismo é “um sector fortemente exportador”, que “contribui para o equilíbrio da nossa balança de pagamentos, como muito poucos sectores em Portugal”.
Além da sua importância para o PIB, emprego e exportações, o candidato a primeiro-ministro destacou a importância do turismo para a revitalização das cidades e para coesão territorial. “O turismo consegue encontrar no nosso território o que muitos sectores continuam a não encontrar”, enfatizou.
Diversificar a economia
Pedro Nuno Santos destacou a necessidade de diversificar a economia e “desenvolver sectores com potencial de arrastamento”, admitindo que “à primeira vista pode parecer que é uma inversão de prioridades”.
Contudo, “querer uma indústria tecnologicamente mais avançada não significa que o país desistiu do turismo”, defendeu o secretário-geral do PS.
“O que nós queremos é que os outros sectores consigam dar o mesmo contributo para a economia que dá o turismo. Não é menos turismo, nem menos desenvolvimento ou menos crescimento do turismo. É conseguir que os outros sectores possam também crescer e dar o seu contributo para o desenvolvimento nacional”, enfatizou Pedro Nuno Santos.
O candidato a primeiro-ministro recomendou aos empresários de turismo que “nunca olhem para os outros sectores como adversários, antes como complemento”.
O próprio turismo, acrescentou, “tem essa capacidade de puxar por outros sectores que à primeira vista não têm nenhuma relação directa”.
Pedro Nuno Santos concluiu a análise à importância do sector do turismo dizendo que a faz “não para ser simpático”, mas “para que percebam qual é a visão que nós temos do vosso sector e da importância que atribuímos ao vosso sector para a riqueza nacional, para as exportações, para a criação de emprego, para a revitalização dos centros urbanos, para o aproveitamento do nosso território e para puxar por alguma da nossa indústria”.
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